quinta-feira, 28/março/2024
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Ex-prefeito diz que em Mato Grosso havia “mensalão plus”

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O ex-prefeito de Rondonópolis Percival Muniz, continua com sua metralhadora giratória em plena atividade e disparando para todos os lados, principalmente contra os partidos que dão sustentação ao governador Blairo Maggi. O ex-prefeito, que foi assaltado no último domingo em sua casa, em Rondonópolis, parece estar ainda mais azedo com a situação e em entrevista na noite desta quarta-feira não poupou impropérios e críticas aos partidos que para ele não podem mais continuar ao lado do PPS na administração de Mato Grosso.

Ao dizer que a sociedade mato-grossense saberá expurgar da política mato-grossense os políticos corruptos, numa clara referência ao deputado federal Pedro Henry, PP, que está envolvido no escândalo do “Mensalão”, Percival Muniz disse que a situação é muito pior em Mato Grosso e antiga. Poupando apenas nomes de seus inimigos, ele foi claro ao afirmar que “aqui a situação é pior. Nós temos “mensalão-plus”, já antes do mensalão. Toda imprensa sabe”, disse sem querer explicar melhor como funciona esta prática e quem são os envolvidos, numa atitude quase idêntica a do deputado federal Roberto Jefferson, com exceção que este deu nomes aos bois.

Instigado pela reportagem do site 24 Horas News a se explicar sobre o “Mensalão-Pus”, Muniz disse que “a coisa é bem mais antiga e ampliada. Não digo hoje, antes acontecia. A sociedade está vendo a discussão do mensalão. Nós tivemos em Mato Grosso situação bem mais repugnantes que o mensalão. A sociedade está vendo. O Ministério Público sabe, a Assembléia Legislativa sabe, a sociedade sabe e a imprensa sabe. O Brasil inteiro sabe, não é só Mato Grosso não. Ai que eu digo que ocaso do PP em Mato Grosso tem um agravante”, disse sem querer confirmar que as acusações eram para os inimigos políticos Pedro Henry, deputado federal e José Geraldo Riva, deputado estadual e primeiro secretário da Assembléia Legislativa.

Ao ser questionado se a sua metralhadora giratória estava direcionada ao deputado estadual José Geraldo Riva, foi irônico. “A sociedade mato-grossense sabe. Eeu evito falar pessoas. Sei que eles participaram. A sociedade sabe a prática de cada um no Estado”, completou.

Sobre o fato do governador Blairo Maggi afirmar categoricamente que apóia a aliança com o PP e que quer que o deputado federal Pedro Henry sai ao Senado Federal, Percival Muniz querendo mostrar toda a sua contestável força no PPS, mandou um recado ao governador.. “Quem decide a correção de campanha é o partido. Uma coisa é eleição, outra é o Governo. O dia a dia do governo é uma coisa, da campanha é o partido que conduz”, avisou, completando que “o partido terá uma convenção e vai aprovar o que vai apresentar a população. Ai é conduzir a campanha e depois apurar os votos. O candidato é candidato dele mesmo. Na convenção vamos impor nossas condições”, disparou

Quanto a possibilidade de Pedro Henry e José Riva subirem no mesmo palanque de Blairo Maggi, disse que pode falar sobre o PPS, mas rebateu esta possibilidade. “Nós queremos estar com políticos que tenham interesse em fazer uma nova estrutura social do PPS. O governador terá de se enquadrar nisso”, disse.

O ex-prefeito de Rondonópolis reafirmou ainda que fala tudo em nome do partido, não do governador. “Falo pelo PPS, Blairo é governador do Estado. Ele fala e tem seus porta-vozes pra falar. Não sou porta-voz dele e nem estou autorizado por ele para externar as opiniões dele. Estou externando a minha opinião que ainda não é majoritária. Eu estou construindo, vou percorrer todo os municípios do Estado até o final de setembro, onde vou defender estas posições. Diretório por diretório, discutindo a construção do partido no rumo centro-social. Não é posição majoritária, mas chegaremos lá.

Percival Muniz não esconde que seu grande objetivo para colocar em prática suas opiniões e o desejo de fazer melar a aliança com o PP, PL e PTB, indo contra a uma decisão do próprio governador Blairo Maggi será antes assumir a presidência do Diretório Estadual do PPS nas eleições que serão realizadas em novembro.

O atual presidente da sigla em Mato Grosso é Roberto França, que em várias oportunidades foi criticado pelo ex-prefeito de Rondonópolis. Apesar das arestas acredita que terá o apoio do ex-prefeito de Cuiabá. Mas mesmo falando em ter seu apoio não deixou de dar uma cutucada em França a quem classificou de fraco e ao afirmar que como presidente vai adotar um estilo mais consciente, mais arrojado nas articulações e no enfrentamento com os partidos aliados. E ressaltou “Se o PPS não se valorizar não será outros partidos que vão valorizar ele. Tem de se impor, senão na aliança ele fica para trás”.

Acredita que assumindo a presidência do partido o PPS irá ganhar muito mais. “Ninguém vai sair do partido. Ao contrário vamos ganhar mais prefeitos. Todos entendem que o PPS é o único partido limpo. O resto é todo sujo.

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