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Estudo comprova que VLT causará menos desapropriações, diz Riva

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A escolha do meio de transporte público, que será implantado em Cuiabá, deverá ser anunciada em uma semana. Os estudos, em fase final, já comprovam que o número de desapropriações será "infinitamente" reduzido, conforme defendeu desde o início das discussões o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP). Ontem, ele esteve reunido com técnicos especialistas nesse sistema, em São Paulo, junto com o governo do Estado. Conforme o parlamentar, essa vantagem, em relação ao Bus Rapid Transit (BRT), que necessita de 1,3 mil desapropriações, poderá ser um dos fatores decisivos à escolha. Inclusive, foi um dos motivos defendidos por ele para convencer o governador Silval Barbosa a conhecer o VLT.

"Foi um dos fatores determinantes para abrir o diálogo com o governo", afirma Riva, ressaltando o ganho econômico e social desse modal. Segundo ele, a Avenida Prainha não necessitará de desapropriações, o que dará tranquilidade também ao Governo, que já enfrenta um movimento de comerciantes-locatários insatisfeitos com a possibilidade de perder o direito de permanecerem nos imóveis.

Contudo, Riva disse que ainda é preciso aguardar o fechamento dos estudos para comparar os valores, que considera uma questão muito complexa. Envolve tributação, importação de produtos e componentes que serão utilizados. "Conhecemos todo o levantamento feito pelos técnicos, mostrando as desapropriações que precisarão ser feitas. E ficou muito bem caracterizado que para o VLT as desapropriações são, no mínimo, 80% menores que para o BRT. Também nos mostrou que é viável a construção do VLT em 24 meses. Acredito que dentro de uma semana esteja pronto e poderemos saber se é compatível com a realidade do estado", destacou.

O fechando dos estudos engloba questões relativas ao Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), isenção de impostos para determinados produtos, dentre outros.

Mesmo assim, a implantação do VLT ganha força, segundo Riva, pela falta de planejamento de Cuiabá, que praticamente inviabiliza o BRT pelo excessivo número de desapropriações e outra série de desvantagens, como a poluição do meio ambiente e durabilidade da frota.

Riva garante que a preocupação não esbarra somente na escolha de um sistema que seja rápido para ser implantado. É preciso que seja útil após a Copa do Mundo de 2014, deixando um legado à população. E tenha condições de atrair a classe média. Ação que Riva comprovou na Cidade do Porto, em Portugal, onde vários estacionamentos foram construídos para dar apoio aos passageiros do VLT. "Houve redução drástica de veículos nas ruas em função das pessoas que passaram a deixar seus veículos em estacionamentos ou em casa".

Questionado sobre as chances do VLT ser o modal escolhido, Riva lembrou que a pouco tempo atrás não havia nenhuma chance, até que assumiu o embate e comprovou ao Governo do Estado as inúmeras vantagens. Tanto que num patamar de zero a dez, Riva acredita que as chances do VLT ser escolhido é de oito.

 

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