O empresário Sebastião Buani, autor das acusações contra o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), classificou de “risível” a defesa do parlamentar na entrevista coletiva concedida neste domingo, em Brasília, na qual afirmou que a cópia do contrato que provaria a denúncia é falsa. Horas depois de Severino dizer que não renuncia nem se afasta do cargo, Buani reafirmou que o deputado federal cobrou “mensalinho” para renovar a concessão do restaurante Fiorella, na Casa, e rolar uma dívida. Ele ainda prometeu apresentar, ainda nesta semana, cópia de um cheque supostamente usado para pagar propina a Cavalcanti.
Entrevistado pelo jornal O Estado de S.Paulo, o empresário garantiu que o documento que incriminaria Severino é autêntico. “Você acha que eu iria comprar briga com o presidente da Câmara com um documento falso?”, questionou, dizendo mais uma vez ter testemunhado Severino assinando o contrato. Na coletiva, o presidente da Câmara apresentou um laudo dizendo que a assinatura presente no documento é falsa e foi forjada “eletronicamente”.
Buani disse que já requereu ao Bradesco cópias de extratos bancários a fim de localizar o referido cheque. Disse ter feito o requerimento antes do feriado de Sete de Setembro e reclamou da suposta demora do banco em fornecer as informações.