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Emprésario do esquema das notas frias pegou R$ 1 milhão na MT Fomento

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 O empresário Cássio Luiz Campos, da Oficina Única do Estado, envolvido no esquema das notas frias que resultou na prisão de oficiais da Polícia Militar a serviço da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, conseguiu retirar R$ 1 milhão em financiamentos da MT Fomento, autarquia criada pelo Governo com a finalidade de injetar recursos em pequenas e médias empresas. Com o dinheiro, Campos quitou várias dívidas, inclusive tributárias, e montou a empresa que mais tarde venceria a concorrência para assumir o conserto e reparo dos veículos do Estado.
     
Inicialmente, Campos conseguiu o financiamento da MT Fomento na ordem de R$ 400 mil. Em seguida, ele acertou novo financiamento, agora, na ordem de R$ 600 mil. Esse último financiamento, segundo uma alta fonte que investiga o caso das notas frias, o dinheiro deveria ser utilizado na construção de uma pousada na região de Barão de Melgaço. Não se sabe se o dinheiro mudou de finalidade, já que a artarquia estadual insiste em detalhamento de informações para que possa dar informações.
     
Cássio Campos “era um empresário falido, cheio de dívidas e que contou com a astúcia e provavelmente “descuido” do Estado para retomar suas atividades”, segundo revelou a fonte. A empresa de Cássio, de acordo com investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público Estadual, é devedora do fisco estadual e deverá ser processada por crime de sonegação de impostos. No esquema das notas frias, a empresa Cássio Car, cuja razão social é ARP Campos-ME, emitia as notas. Posteriormente, os serviços constantes – inclusive compra de peças – eram atestadas como serviço realizado. Ao todo, foram 10 notas fiscais frias emitidas, totalizando os R$ 316 mil.
     
Na terça-feira, a juíza da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, Maria Rosi de Meira Borba, decretou a prisão preventiva do empresário e também do coronel Élcio Hardoin, ex-secretário adjunto de Gestão Administrativa e Financeira da Secretaria de Justiça e Segurança Pública; do major Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Oficina Única, e do presidente do Fundo Estadual de Segurança Pública (Fesp) José Martinho Filho.

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