sexta-feira, 29/março/2024
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Em discurso no Nortão Maggi assinala pontos polêmicos de sua gestão

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Ao inaugurar obras nos setores da Educação, Saúde e Habitação e anunciar ações para melhorar as condições de tráfego em rodovias do Norte do Estado, o governador Blairo Maggi fez, ontem, em Colíder (650 km ao Norte de Cuiaba), um balanço de sua gestão e conclamou prefeitos e demais lideranças da região a perseguirem os objetivos em prol da causa pública com base em um dos conceitos que caracterizam a sua Administração: a transparência.

“Em pouco mais de dois anos de Governo, eu já vivi muitas experiências, mas um dos principais momentos foi justamente quando pude fazer a diferença entre poder fazer as coisas e não poder fazer as coisas”, disse Maggi, para cerca de 2.500 pessoas que lotaram o Centro de Tradições Gaúchas “Porteira Aberta”, após uma maratona de inaugurações nas zonas urbana e rural do Município, em companhia da primeira-dama Terezinha Maggi, de secretários de Estado, parlamentares e outras lideranças.

Para Maggi, a diferença básica entre esses dois pontos está justamente em “querer fazer” as coisas, fazer a diferença pela seriedade, pela honestidade e pela transparência. Ele lembrou que, quando tomou posse no Palácio Paiaguás, em janeiro de 2003, o fez com a mesma receita dos Governos anteriores. “E, no entanto, já no mês de abril daquele mesmo ano, já começamos a asfaltar estradas, construir casas populares, reformar escolas, refazer hospitais, fazer convênios de Saúde, melhorar a área da Segurança Pública, comprar veículos para a Polícia cumprir a sua missão nas mais diferentes e distantes regiões de Mato Grosso”, observou. E completou: “Tudo isso se resume numa única coisa: na determinação de governar, com seriedade e transparência”.

O governador fez uma comparação entre a sua gestão e os segmentos da sociedade que, segundo ele, agem com cautela e parcimônia quando se trata de promover gastos. “É preciso determinação no momento de governar, da mesma forma como age a dona-de-casa no cotidiano do seu lar, assim como o empresário na hora em que se dispõe a fazer negócios – com critérios, verificando preços”, disse. No âmbito de seu Governo, ele citou as ações que a Secretaria de Infra-Estrutura executa, por exemplo, na área dos Transportes. Disse que, na gestão anterior, para se construir uma rodovia, gastavam-se, em média, R$ 650 mil por um quilômetro de asfalto, sendo que a atual Administração conseguiu, por meio das parcerias com produtores– que deram origem aos consórcios rodoviários cujo sucesso é elogiado pelo Governo Federal – e das “brigas constantes” com as empreiteiras, estabelecer em R$ 200 mil o preço do quilômetro de rodovias construída em Mato Grosso.

Nesse contexto, que, segundo Maggi, o Governo tratou com seriedade a aplicação dos recursos do contribuinte, estabeleceu-se que, para cada um quilômetro de estrada que se fazia no passado, hoje, constroem-se três, em qualquer canto de Mato Grosso. “É assim que se faz a diferença quando se trata de administrar os bens públicos”, afirmou o governador.

EXEMPLOS – Outro exemplo de “diferencial” na maneira de gerir o dinheiro público, segundo Blairo Maggi, está na decisão do seu Governo de baixar os custos e economizar para os cofres públicos estaduais na aquisição de alimentos para os detentos das penitenciárias mantidas pelo Estado. Lembrou que, quando assumiu, o Governo pagava R$ 11,80 pela denominada “etapa-alimentação”, que garante café da manhã, almoço e jantar aos presos, porém, hoje, “depois de uma briga dura, difícil, com o cartel das marmitas, fazendo um enfrentamento político”, o Estado conseguiu baixar o preço da etapa-alimentação para R$ 4,50. Isso, segundo o governador representa uma economia mensal de R$ 7,6 milhões para os cofres do Estado.

No processo de reformas de escolas, Maggi citou outro exemplo considerado “clássico”. No começo de sua gestão, pelo menos uma centena de escolas estaduais era de madeira, o que oferecia um risco muito grande para os alunos. Graças aos esforços do Governo, hoje, apenas e tão-somente 11 escolas são construídas com esse material. Blairo Maggi, no entanto, assumiu de público, durante seu discurso em Colíder, o compromisso de fazer desaparecer esse modelo atrasado de unidade escolar.

“’Tudo aquilo que se faz em benefício da população significa a aplicação correta dos recursos do Estado, de um dinheiro que não é do governador, mas do contribuinte, que gasta com óleo diesel, gasolina, energia elétrica e com alimentos”, citou Maggi, lembrando que, em Mato Grosso, só não se paga imposto em cima do arroz, do feijão e da carne produzidos e consumidos em Mato Grosso. Em janeiro de 2003, um dia após a sua posse, Blairo Maggi assinou decreto isentando esses produtos de impostos.

SEGURANÇA E ÍNDIOS – Maggi fez referência a outro “enfrentamento” no contexto das mudanças de comportamento e de condução dos negócios públicos: a interiorização do trabalho da Polícia Militar, a partir da criação dos Comandos Regionais e com a designação de coronéis e tenentes-coronéis para vários pontos do Estado. O governador deixou transparecer que não teve medo de enfrentar um suposto corporativismo do oficialato. “Os coronéis deixaram os gabinetes e foram para o Interior, pois sabiam que estavam servindo ao povo mato-grossense”, afirmou o governador, para quem os resultados desse trabalho, hoje, são os mais satisfatórios possíveis.

Aproveitando a presença, entre os convidados para a festa de inaugurações em Colíder, neste sábado, dos caciques xavantes Raoni e Megaron, da Reserva Xingu, o governador assinalou que o Estado não mediu nenhum esforço para tratar com respeito e dignidade “nossos irmãos índios”. E citou a doação de balsas, a entrega de casas populares e a assinatura de convênios para a concessão de muitos outros benefícios como uma demonstração de que a seriedade e a transparência são essenciais ao processo de construção do Estado.

O governador ainda afirmou que sua gestão “se especializou” em concluir obras inacabadas, obras que, há pelo menos duas décadas, estavam paradas, embora tenham sido “inauguradas” várias vezes. Sem citar diretamente, Maggi deu como exemplo a MT-326. No dia 13 de novembro de 2004, o governador e o secretário de Infra-Estrutura, Luiz Antonio Pagot, inauguraram os 18 km que restavam para conclusão do trecho de 37 km da estrada estadual, do Entroncamento com a BR-158 até a sede do Município (825 km a Leste de Cuiabá). A obra de asfaltamento estava parada há pelo menos 20 anos. Além da conclusão da obra, o Governo do Estado reconstruiu outros 17 km, desgastados pela má conservação e pelo fluxo de caminhões.

“Hoje, são mais de 1.300 km de novas estradas construídas em Mato Grosso. São, também, mais de 13 mil casas populares beneficiando o povo mais simples deste Estado”, disse Maggi, observando que a meta de construir 20 mil casas até o final do seu Governo, em 2006, já está praticamente superada.

Ao final do seu discurso, Blairo Maggi assinalou que não tem medo do enfrentamento pelo simples fato de que o Governo “não tem rabo preso com ninguém”. “Fazemos um Governo progressista, com obras em todos os Municípios mato-grossenses; um Governo para todos, e não para atender meia-dúzia de privilegiados”, completou.

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