O ex-secretário de Infra-Estrutura de Mato Grosso Luiz Pagot já sabe que a bancada do PSDB no Senado vai votar contra sua indicação para o DNIT. Tanto na Comissão de Infra-estrutura quanto no plenário. Na comissão, o partido tem 4 dos 22 senadores. Pagot precisa de 14 votos favoráveis. No plenário, precisará de votos do PMDB, DEM e PT que formam a bancada governista onde, teoricamente, teria aprovação de sua indicação. Mas, as articulações estarão concentradas, inicialmente, na Comissão de Infra-estrutura, onde primeiro Pagot precisa ter aprovação.
Ontem, em Cuiabá, nas homenagens ao ex-governador Dante de Oliveira, que morreu há um ano, o senador Tasso Jereissati, presidente nacional do PSDB, confirmou que o partido votará contra a indicação do governo Lula para o ex-secretário mato-grossense assumir o Departamento Nacional de Infra-estrutura. Tasso disse que não é conveniente a indicação de Pagot pelo fato dele ser assessor no Senado, entre 1995-2002 e, ao mesmo tempo, trabalhado para uma empresa do governador Blairo Maggi.
“Não existe isso de manobra contra ninguém. São denúncias sérias e que precisam ser esclarecidas. E o nosso partido está unido nesse sentido”, afirmou Tasso, a um jornal da capital.
A expectativa é que Pagot seja sabatinado na próxima quarta-feira. O relator de sua indicação, Jaime Campos (DEM) já deu parecer favorável. Porém, o senador Mario Couto (PSDB-PA) pediu vistas e foi concedido prazo de 5 dias.
Com orçamento de R$ 12 bilhões, o DNIT é um dos cargos mais cobiçados e disputados por aliados políticos do governo.