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Diretório do PDT veta formação de bloco liderado por Pedro Taques

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O diretório do PDT de Cuiabá é contrário à iniciativa do senador Pedro Taques de incluir a legenda em alianças com o PSDB e o DEM dentro da estratégia de ampliar o bloco oposicionista à gestão do governador Silval Barbosa (PMDB) e, ao mesmo tempo, que tenha disposição para construir unidade em torno de projetos políticos futuros principalmente para a eleição municipal de 2012. A posição deverá ser manifestada publicamente na próxima semana com a divulgação de uma nota oficial.

Um dos argumentos dos militantes é que a legenda deve seguir a orientação da direção nacional do PDT que integra a base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT) ao lado do PMDB. "O PDT tem seu histórico marcado pela luta por projetos sociais em educação e saúde como sempre defendeu nosso líder Leonel Brizola. Não podemos admitir que seja feita aliança com partidos idealizadores do neoliberalismo que são os tucanos e os democratas", informou uma fonte pedetista.

Consolidada essa posição, o PDT de Cuiabá promete ser mais um dos empecilhos que dificultam a construção de um bloco alternativo em Mato Grosso que seja oposição à gestão estadual e compartilhe das mesmas propostas em relação ao que deve ser apresentado a população na eleição municipal de 2012.

Isso porque o presidente do diretório estadual do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, já declarou publicamente que vai oficializar a desistência da legenda quanto à participação no movimento Mato Grosso Melhor pra Você composto por PSB, PDT, PPS e PV.

O parlamentar tem optado pela independência em relação à gestão estadual e considera prematuro discutir projetos políticos voltados a 2012 e 2014. "O PSB está focado em gerar benefícios a população. O cenário eleitoral estará propício ao debate somente a partir de março do ano que vem. Fora disso, só serve para criar especulações desnecessárias", comenta.

O grau de dificuldade nas incursões de Taques para consolidar e ampliar o bloco oposicionista promete aumentar ainda mais no próximo mês, quando termina o mandato do empresário Otaviano Pivetta à frente do diretório estadual do PDT e o nome mais cotado para substitui-lo é o único deputado estadual eleito pela legenda, Zeca Vianna.

Embora o parlamentar tenha apoiado abertamente as candidaturas de Mauro Mendes (PSB) ao governo do Estado e o próprio Pedro Taques ao Senado, descarta a participação em um bloco de oposição. O parlamentar tem dito que opta pela independência em relação à administração estadual para evitar que diferenças políticas prejudiquem sua base eleitoral que é Primavera do Leste.

Os partidos PSB, PDT, PPS e PV compõem o Movimento Mato Grosso Melhor Pra Você que tem origem no final de 2009 com a participação do PCdoB, PRTB, PSC e PSDC, mas as últimas 4 legendas migraram em 2010 para apoiar as candidaturas de Silval Barbosa (PMDB) e Wilson Santos (PSDB) ao governo do Estado.

Após uma série de divergências que levou até mesmo a ameaça de intervenção nacional no PPS, o grupo conseguiu manter a unidade e eleger um deputado federal (Valtenir Pereira), dois estaduais (Luciane Bezerra e Zeca Vianna) e um senador (Pedro Taques). Apesar das dificuldades, o deputado estadual e presidente do PPS em Mato Grosso, Percival Muniz, prega a união dos partidos derrotados para evitar esfacelamento ainda maior. "Ou nos unimos para construir um projeto coletivamente ou estaremos condenados ao desaparecimento", argumenta.

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