quinta-feira, 2/maio/2024
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Diretor do BMG visitava Bezerra no INSS com “bolsa a tiracolo”

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A CPI do Mensalão quer saber de Roberto Rigoto, diretor do banco BMG, a natureza de suas visitas mensais ao então presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Carlos Bezerra, sempre levando uma bolsa a tiracolo. As visitas foram documentadas por câmeras de vídeo e identificação na portaria. A informação sobre o desejo dos integrantes da CPI foram divulgados pelo jornalista Cláudio Humberto, em sua coluna “Poder, Política e Bastidores”, desta segunda-feira. Na nota, Humberto lembra que o BMG – que se envolveu no escândalo do mensalão – operou sozinho, por 90 dias, os empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS.
     
     No final do mês passado, Carlos Bezerra foi acusado de ter montado uma “verdadeira mina de ouro” para o publicitário Marcos Valério, considerado o principal operador financeiro do Partido dos Trabalhadores (PT), através do BMG uma instituição bancária que nem de longe chega perto aos grandes bancos brasileiros e vem ganhando fortunas com empréstimos aos aposentados. A denuncia foi feita pela revista “Época”, que mostrou como foram feitos os acertos entre o INSS e o BMG, passando para trás todos os bancos que eram credenciados para o pagamento das aposentadorias.
     
Segundo a revista, com a ajuda de Marcos Valério e a colaboração da alta cúpula do INSS e do ministro chefe da Casa Civil na época, José Dirceu, mesmo não sendo um banco respeitado e tradicional conseguiu ser o primeiro a ganhar o direito de garantir empréstimos aos aposentados com desconto em folha. Para isso se beneficiou de um decreto assinado pelo presidente Lula, autorizando a instituição a promover empréstimos aos velhinhos brasileiros. Bezerra não dava aos outros bancos, principalmente Banco do Brasil, Bradesco e Itaú, as maiores instituições financeiras do país a mesma regalia concedida ao BMG, ou seja estes bancos, apesar de pagar os aposentados não podia garantir a estes nenhum tipo de empréstimos.
     
Carlos Bezerra negou qualquer tipo de irregularidade enquanto esteve a frente da presidência do INSS. afirmou que o BMG saiu na frente porque se antecipou à concorrência. Tentando se esquivar de qualquer tipo de responsabilidade, o ex-presidente do INSS disse não saber se os executivos do BMG ajudaram a formular a Medida Provisória 130, que regulamenta o crédito consignado aos aposentados e pensionistas e jogou a responsabilidade no colo do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que corre o risco de ter seu mandado de Deputado Federal cassado por envolvimento em inúmeras maracutaias com Marcos Valério . ”Esse assunto, se tratado, ficava na Casa Civil. Eu não tinha conhecimento disso”, se defendeu Bezerra.
     
O ex-senador mato-grossense disse ainda que com relação a problemas de bancos em assinar convênios com o INSS, nunca ouviu falar do assunto. Jura que como presidente do órgão não tomou nenhuma medida, não foi procurado por nenhum banqueiro, mas uma vez tirando qualquer tipo de responsabilidade de suas costas e jogando este problema para seu superior na época, o ex-ministro da Previdência Social, Almir Lando. ”Não tenho conhecimento. Quem estava mais por dentro disso era o ministro Amir Lando”.

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