O deputado Dilmar Dal Bosco (DEM) confirmou, em entrevista, ao Só Notícias, que está dependendo do governador Pedro Taques (PSDB) analisar se a permanência dele como líder do governo na Assembleia Legislativa é viável ou não. Segundo o parlamentar, esse ano será atípico com a mudanças nos diretórios do partido e eleição. Com isso, não conseguirá se manter em Cuiabá para dar prioridades nas pautas do governo.
“Em 2018, vamos ter bastante dificuldades e particularmente não gosto de pegar um trabalho e deixá-lo pela metade. Estamos em um ano que estou indo à reeleição como deputado. Tem um processo de mudanças do nosso partido nos diretórios nacionais, estaduais e municipais. Teremos adesão dos deputados federais Fábio Garcia e Adilton Sachetti (saíram do PSB) que vieram para o Democratas. Com isso, nós precisamos formalizar e fazer todas as provisórias. Terá uma demanda muito grande e como estou presidente do partido preciso acompanhar essa mudança. Esses fatores nos deixam preocupado em não estar presente e acabar atrapalhando o governo. Por ter essa preocupação, colocamos o cargo à disposição do governador. Ele quer minha permanência como líder, mas estamos fazendo essa análise. Não podemos prejudicar essa parceria do governo com a Assembleia. É necessário conciliar o parlamento e o governo”, declarou Dilmar.
Dal Bosco negou que houve algum tipo de atrito do partido com o governo Taques. “Não estamos entregando o cargo por não acreditar no governo. Pelo contrário, somos da base aliada. Nós colocamos o cargo à disposição por não ter tempo disponível para as demandas. No entanto, acreditamos que alguns fatores precisam ficar mais claros. Primeiro, o governador tem que resolver essa questão interna do próprio PSDB. Definir como ficará o partido nessa luta que está tendo para mesclá-lo com o deputado federal Nilson Leitão e do vice-governador Carlos Fávaro. Nós do Democratas defendemos a permanência do Fávaro como vice e também sou amigo pessoal do Leitão”.
O parlamentar afirmou ainda que não fará indicação de algum outro deputado para assumir seu lugar como líder do governo. “Essa é uma escolha pessoal do governador. Não vamos apontar ninguém para ocupar o nosso lugar. Ele é quem tem que fazer uma análise. Acredito em todos os deputados. Tenho uma liberdade e amizade com todos eles. Conquistamos votos importantes para aprovação de alguns projetos no ano passado".