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Desembargador solta sócio de instituto que gerenciava unidades de Saúde em Sinop preso na operação Cartão Postal

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Só Notícias (foto: assessoria)

O desembargador Pedro Sakamoto concedeu habeas corpus e soltou, ontem, o advogado Hugo Castilho, preso na quinta-feira de manhã, acusado de ser um dos líderes de um esquema de desvio de recursos na Saúde de Sinop, através do Instituto IGGP, que estava fazendo a gestão da UPA e outras unidades de saúde municipais. Sakamoto arbitrou uma fiança “condicionada ao cumprimento das medidas cautelares ora aplicadas, mormente o recolhimento da fiança no valor de R$800 mil, cuja caução, como ja dito,  poderá ser real ou fidejussória”.

Sakamoto admitiu que Castilho é apontado como um dos líderes do esquema e responsável por coordenar a lavagem de dinheiro. “Entretanto, apesar da magnitude da lesão aos cofres públicos e da repercussão social que ações desse jaez invariavelmente desencadeiam, entendo que a gravidade concreta dos crimes em apuração não constitui justificativa suficiente para a decretação da prisão preventiva”, decidiu o desembargador.

O advogado havia sido preso em Cuiabá e deve cumprir medidas cautelares como a proibição de manter contato, por qualquer meio, de pessoas investigadas no processo; proibição de acesso aos prédios da Saúde de Sinop e das empresas envolvidas e não se ausentar Cuiabá, sem antes comunicar o Judiciário.

Hugo Castilho é um dos donos do Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP) responsável pela gestão de unidades de Saúde em Sinop. O Mídia News informa que seu sócio o advogado Jefferson Geraldo Teixeira também preso na operação Cartão Postal, assim como o ex-secretário de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues.

A Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor) da Polícia Civil investiga 31 pessoas de envolvimento com superfaturamento e desvios de recursos públicos da saúde de Sinop, através do instituto IGPP. Foram bloqueados R$ 87 milhões em bens dos investigados ( valor global de três contratos celebrados entre Sinop e a organização social que gerenciava as unidades de saúde). Das empresas suspeitas de envolvimento com superfaturamento e fraudes com o IGGP, seis são de Cuiabá e 3 em Sinop. A justiça ordenou que o instituto deixe de fazer a gestão das unidades de saúde que deve voltar a ser feita pela prefeitura, além de afastar do cargo a secretária de Saúde, Daniela Galhardo e de atividades relacionadas a pasta da Saúde o procurador jurídico da prefeitura, Ivan Scheneider.

Conforme Só Notícias já informou, ontem o prefeito Roberto Dorner definiu que o servidor de carreira Robinson Martins assume interinamente como secretário de Saúde.

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