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Desembargador determina transferências de três presos por envolvimento no esquema de grampos ilegais

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O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ) Orlando Perri determinou a transferência de três dos presos por envolvimento no escândalo de interceptações telefônicas ilegais, conhecidos como “grampolândia pantaneira”, atendendo a pedido da delegada Ana Cristina Feldner, que conduz as investigações.

O coronel da Polícia Militar e ex-secretário da Casa Militar Evandro Lesco, que estava no 3º Batalhão da PM, deve ir para o batalhão da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam). Na decisão, Perri ressaltou que ele deve ficar recolhido em alojamento com grade fechada e sair apenas nos horários das refeições, banho de sol e visitas. A determinação ocorre após a denúncia de que Evandro Lesco saiu do presídio em um Corolla e acompanhado de dois policiais para ir a uma farmácia comprar produtos de higiene pessoal.

No caso do ex-secretário de Estado de Segurança Pública Rogers Jarbas, Orlando Perri determinou expedição de ofício para o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos Fausto Freitas para que providencie a imediata transferência do Centro de Custódia da Capital (CCC) para a sede da Polinter, uma vez que o magistrado já se informou com o delegado-chefe daquela unidade que lá existem dependência capaz de receber o custodiado.

Conforme a decisão, a medida se faz necessária para separar Rogers Jarbas de outros presos do caso, como o ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, que também está preso no CCC. “A medida se patenteia indispensável para evitar que sejam mantidos juntos dois investigados detidos na mesma operação policial, facilitando, com isso, o contato entre eles, havendo a probabilidade de ajustarem suas versões ou de criarem álibis no intuito de prejudicar as investigações policiais”, disse Perri.

Por fim, o segundo sargento PM João Ricardo Soler, acusado de instalar uma microcâmera espiã na farda do tenente-coronel José Henrique Costa Soares, escrivão do inquérito policial militar (IPM) sobre os grampos ilegais, para gravar Orlando Perri a mando da organização criminosa, será transferido do batalhão da Rotam para o 4º Batalhão da PM, em Várzea Grande. 

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