O deputado Carlos Brito (PDT) discordou dos argumentos do secretário Estadual de Planejamento, Yenes Magalhães, que o governo já repassa valor maior que o proposto pela emenda do parlamentar para a segurança pública. “A média executada pelo governo Blairo Maggi desde 2003 é de 2,6% da receita corrente líquida, e nós propusemos 3,5%. Portanto, queremos ampliar os recursos para a segurança pública”, disse Brito. A cobrança foi feita ao avaliar os vetos do governo às emendas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),
Usando da argumentação do próprio Executivo, o deputado propõe, então, que “concordem com a derrubada do veto, já que, não há problemas em investir mais recursos do que o mínimo previsto”. “Pois a proposição se tornará um importante mecanismo para que a próxima gestão continue tendo condições de dispor melhor atenção ao setor da segurança pública”, concluiu. Os deputados podem se articular para derrubada deste veto. Brito já foi secretário de Segurança no governo Blairo.
Conforme dados orçamentários do Governo do Estado, de 2003 a 2008 houve um aumento no percentual da receita destinada ao setor de segurança pública. O ápice, segundo os dados, foi em 2007, quando foram repassados mais de R$ 148 milhões, representando 3,04% da receita corrente líquida de Mato Grosso, período em que o parlamentar esteve sob o comando da pasta. “Por isso defendo a aplicação de 3,5%”, pontuou. “É importante assegurar a continuidade do avanço no sistema de segurança pública, independentemente de quem seja o governante, refletindo, na prática, na qualidade da prestação de serviços à sociedade”, destacou o pedetista.