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Deputado nega ter assumido presidência da Assembleia com irregularidades

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Em depoimento na ação sobre possíveis desvios na Assembleia Legislativa, esta tarde, no Fórum da capital, o deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB) disse que não percebeu nenhuma irregularidade no momento em que assumiu a presidência do Poder Legislativo com o afastamento José Riva (PSD) do posto devido a uma decisão judicial. O peemedebista foi o vice-presidente da Mesa Diretora, na gestão passada, que tinha o ex-deputado estadual José Riva (PSD) como presidente. “A gente fiscalizava”.

No entanto, Romoaldo comandou a Assembleia Legislativa por um bom tempo devido ao afastamento de Riva. Ele afirmou que Riva nunca se intrometeu durante o período em que ficou no comando do Poder Legislativo. “Eu não assumi o gabinete da presidência já que era uma situação que me incomodava, pois ele podia voltar a qualquer momento".

Romoaldo defendeu a compra excessiva de materiais gráficos na gestão passada, afirmando que o consumo é grande. Ele também ressaltou que o material utilizado até hoje é referente as compras da gestão anterior.

O parlamentar foi questionado pela defesa de Riva se este teria ameaçado deputados ou funcionários, coisa que Romoaldo disse que nunca ter visto. Em relação aos processos licitatórios, ele também alegou nunca ter percebido qualquer tipo de interferência.

O peemedebista disse que a Assembleia começou a extrapolar seu papel, que era apenas legislar. O deputado revelou que o Legislativo estadual chegou a fornecer passagens e até pagar caixão para os cidadãos. “Tudo que se pedia, era atendido”.

"Nos anos 90, a Assembleia pagava ate velório. Hoje não mais. Muitos deputados usaram a verba indenizatória para pagar formaturas. No passado a gente fazia muito apoio da área de assistência social. Não é permitido, mas até hoje a Assembleia faz isso”, relatou apontando que estes “mimos” eram bancados sempre com a verba indenizatória dos deputados.

O depoimento faz parte da ação que investiga os supostos desvios de R$ 62 milhões da Assembleia Legislativa por meio de compra de materiais gráficos e de material para escritório. O ex-presidente da Assembleia, José Riva, seria o “cabeça” do esquema. Ele foi preso em fevereiro em uma operação sobre o caso.

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