O deputado estadual e secretário-geral do MDB em Mato Grosso, Silvano Amaral, disse hoje, ao Só Notícias, que, apesar das conversas adiantadas com o Democratas e do apoio à possível candidatura do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, ao governo do Estado, divulgado na imprensa, o partido ainda não bateu o martelo. Amaral admitiu a existência de uma corrente que defende a coligação com Mendes e outra que é favorável à manutenção do apoio ao senador Wellington Fagundes (PR), com quem a sigla conversa há longo prazo, mas, segundo Amaral, a decisão será tomada somente na convenção do partido e será feita por votação. “O partido vai ter a convenção e vamos votar. Quem tiver mais votos vai ganhar e o partido vai ter que marchar junto”, declarou.
Se o apoio for definido para Mendes, conforme deseja o deputado federal Carlos Bezerra, que é presidente do MDB em Mato Grosso, pelo menos dois membros da sigla estarão em posição muito desconfortável. A deputada estadual Janaína Riva namora o filho de Fagundes e o médico Jorge Yanai é suplente do senador. Eles devem ser os únicos com indulto para apoiar a possível candidatura de Fagundes.
“A Janaína e o doutor Jorge Yanai são casos particulares que precisam ser respeitados. São relacionamentos pessoais que transcendem as questões partidárias. Fora isso, não há nenhuma conversa neste sentido. Se o partido tomar uma decisão e liberar membros que discordam da maioria, não é um partido, não é uma democracia”, ponderou o deputado.
Para que isso fique claro, Amaral explicou que a deliberação deve ser registrada na convenção para evitar possíveis punições aos dois.
O MDB é um dos principais partidos de Mato Grosso e faz oposição ao governo de Pedro Taques (PSDB). As primeiras negociações do partido para composição eram feitas com Fagundes, que poderia ceder a vaga de vice-governador ao ex-prefeito de Sinop, Juarez Costa. No entanto, Juarez declarou, ao Só Notícias, que pretende concorrer à Câmara Federal justamente nos dias em que começaram as negociações com a candidatura de Mauro Mendes. Nos bastidores, o acordo com o DEM é dado como certo.