O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Ondanir Bortolini, o “Nininho” (PR), afirmou que os recursos economizados com a reforma administrativa interna devem ser devolvidos para os cofres do governo do Estado. Ele já teria comunicado sua posição, ontem, diretamente ao governador Pedro Taques (PDT), no Palácio Paiaguás, em audiência com prefeitos do interior. A decisão de Nininho vai ao encontro do pedido reiterado de Taques para que “os Poderes Constituídos façam um pacto por Mato Grosso”, ou seja, colaborem também com possível reavaliação de seus duodécimos.
Está em andamento no Poder Legislativo os trabalhos de revisão sobre todas as despesas da Casa de Leis. Medidas como a exoneração em massa de 858 servidores comissionados, no início de fevereiro, também fazem parte das ações sob a comissão especial de Reforma Administrativa. O deputado Wilson Santos (PSDB), integrante da comissão, defende a transformação do Legislativo, para otimização das ações. Essa também é a posição do presidente do Poder, Guilherme Maluf (PSDB). Nesse aspecto, deputados como Emanuel Pinheiro (PR) cobram definição urgente.
Nininho pontuou que a “sobra” do caixa da Assembleia Legislativa deve ser revertida principalmente para a área da saúde. “Essa destinação de recursos economizados pelo Poder para a compra de ambulâncias para os 141 municípios é praticamente um consenso entre os deputados”, disse o primeiro-secretário frisando a necessidade de ser ainda destinado apoio para a Santa Casa, e hospitais regionais.
Na sua opinião, a definição de todas as áreas a serem contempladas com mais investimentos do governo, deve passar por debates. Ainda não há pré-cisão sobre o montante a ser disponibilizado pelo Legislativo ao Executivo de Mato Grosso, dependendo de estudo que estaria sendo desenvolvido. Nininho ressaltou que poderá ser firmado acordo entre a Assembleia e o governo, para que a destinação dos recursos economizados ocorra via “indicações” e não por meio de emendas.