Responsável pela indicação de três nomes que ocuparam a presidência do Departamento de Trânsito do Estado (Detran-MT), o deputado estadual Mauro Savi (PR) disse não temer qualquer possibilidade de ser responsabilizado por supostos desvios de recursos no órgão. "Indicar eu indiquei, mas para trabalhar e não para roubar. Se roubou foi por conta própria e quem cometeu algo ilícito terá que responder pelos seus atos".
Savi indicou na gestão dos ex-governadores Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB), os ex-presidentes Teodoro Moreira Lopes, o “Doia”, Jean Castrillon e Eugênio Destri. O parlamentar alegou ainda não ter assinado nenhum documento autorizando processos de licitações ou com tratos com empresas. “Eu não assinava nada no Detran-MT. Tenho a consciência tranquila”, disse o deputado, alegando que não seria atingido por qualquer investigação que possa ocorrer nos próximos dias.
Doia, que presidiu o órgão entre 2007 a 2013, teria prestado depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Justiça, que poderá virar termo de delação premiada. Ele também disponibilizou vários documentos aos promotores. Agora, caberá ao MPE, aceitar a delação e encaminhar para a Justiça.
A reportagem tentou ouvir o ex-presidente do Detran, mas as ligações foram encaminhadas para caixa de mensagem. Doia ocupava o cargo de secretário de Finanças de Sinop, mas pediu exoneração do cargo após divulgação de reportagens apontando que ele teria entregue todo esquema de corrupção que ocorreram na gestão dele.
Quanto a Mauro Savi, ele ainda não foi chamado para prestar esclarecimentos e se colocou à disposição do MPE e da Justiça.