quarta-feira, 1/maio/2024
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Delator diz que empresas bancaram R$ 1,7 milhão apreendidos com ex-tesoureiro do PT de MT

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O esquema de pagamento de propinas orquestrado entre as empresas Odebrecht e Itaipava seria a responsável por dar R$ 1,7 milhão para a compra de um dossiê contra José Serra (PSDB), então candidato ao governo de São Paulo em 2006. Na oportunidade foram presos o ex-tesoureiro do PT de Mato Grosso, Valdebran Padilha, e Gedimar Passos. Ambos saíram de Mato Grosso com o montante e acabaram presos pela Polícia Federal em São Paulo.

O episódio ficou conhecido como o “escândalo dos aloprados” – uma referência ao termo utilizado pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contra os correligionários que pretendiam comprar este dossiê com o objetivo de minar a candidatura de Serra do governo. A prisão ocorreu a duas semanas do primeiro turno das eleições daquele ano e, até então, a origem do dinheiro era desconhecida.

De acordo com reportagem do jornal Estadão, no entanto, o ex-executivo da Odebrecht e delator na operação Lava Jato, Luiz Eduardo Soares, confirmou que este dinheiro que foi apreendido foi dado pelas duas empresas para a compra deste dossiê.

“Como nós tínhamos essa operação que já tinha começado, de troca de reais por dólar, eles estavam com medo, porque descobriram que uma parte desse dinheiro estava com o timbre da Leyroz de Caxias [distribuidora da Itaipava]. Mostrava que isso era da cervejaria Itaipava”, disse Soares.

O delator lembra que as investigações avançaram, mas não chegaram à Itaipava. “Aí a coisa morreu, arrefeceu, e ninguém nunca soube de onde era o dinheiro. Eles pediram esse dinheiro e usaram esse dinheiro”.

O dossiê supostamente continha informações que ligavam Serra, ex-ministro da Saúde, no escândalo da máfia dos sanguessugas (compra de ambulâncias superfaturadas). O documento, que se revelaria falso posteriormente, seria vendido pelos empresários Darci Vedoin e seu filho, Luiz Antônio Vedoin, donos da empresa Planam e pivôs do escândalo.

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