Terminou, agora há pouco, em Sinop, a reunião promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE- que definiu a comissão censitária que irá acompanhar, no ano que vem, a contagem populacional e o censo agropecuário que será feito pelo órgão em Sinop. Ao todo 20 pessoas farão parte da comissão, que ficará responsável pela verificação de todos os dados e números colhidos pelo IBGE durante o senso de 2007. “A cada bairro pesquisado será feita uma nova reunião com esta Comissão Censitária e apresentado a eles todos os dados colhidos. Eles funcionarão como uma espécie de supervisores do nosso trabalho”, explicou, ao Só Notícias, o chefe do IBGE em Sinop, Remildo Rodrigues de Souza.
O IBGE resolveu criar esta comissão em Sinop depois que o último levantamento populacional do instituto foi alvo de criticas de lideranças políticas de várias cidades do Nortão, que discordaram dos números apresentados. O prefeito Nilson Leitão discordou, ano passado, dos números apresentados e chegou a pedir recontagem, alegando prejuízos econômicos para o município, levando em consideração que o número de habitantes e o fator que o Governo Federal utiliza para definir o volume de recursos para os setores de saúde, educação, assistência social, e outros.
A comissão que fará o acompanhamento é formada por representantes dos mais variados segmentos da sociedade, como estudantes, políticos, representantes de empresas, entidades e outros segmentos. “Convidamos representantes de todas os poderes e setores da sociedade sinopense para formar esta comissão”, explicou Remildo. O censo agropecuário e a contagem populacional de Sinop deve começar no dia 16 de abril do ano que vem e está programado para terminar no final de junho. Em novembro, estarão sendo abertas as inscrições para o processo seletivo que vai contratar os pesquisadores. Somente em Sinop serão 31 recenseadores, 5 supervisores e 1 agente censitário.
Um dos fatores que Remildo coloca como causador dos dados considerados errados é o mapeamento legal de Sinop. “Devido ao crescimento da cidade, muitos bairros urbanos, no papel, são considerados como área rural, pois a lei de mapeamento do município, que é antiga, não considera aquele local onde fica o bairro como perímetro urbano”, justifica.
O principal critério utilizado pelo Tribunal de Contas da União – TCU- , por exemplo, para definir o Fundo de Participação dos Municípios – FPM é o índice populacional. Por esse motivo, vários municípios de Mato Grosso questionam o índice na justiça alegando que a estimativa populacional realizada pelo IBGE não corresponde à realidade.