O PPS decidiu hoje, em convenção nacional, apoiar informalmente a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República. Por aclamação, a convenção nacional do partido referendou posição da Executiva Nacional de não oferecer apoio formal ao candidato. Com isso, o partido fica livre para fazer coligações nos Estados.
Isso beneficia, em Mato Grosso, o governador Blairo Maggi que não ficará obrigado a coligar-se com o PSBD. Há, entre os aliados de Blairo, resistência para coligações com os tucanos, adversários desde as eleições de 2002. O governador mato-grossense deve ter o apoio do PFL, PTB, PP, PV PSB e outros partidos. Semana passada, Blairo esteve com Lula e chegou-se a cogitar uma coligação com o PT, tendo o deputado Carlos Abicalil como candidato a senador. Porém, os petistas mato-grossenses manifestam-se contrários e pretendem lançar a senadora Serys ao Governo do Estado.
Em nota, o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), informa que o apoio do partido a Alckmin será “político, firme e decidido”. Freire também passará a integrar o conselho político da campanha do tucano.
“O PPS apresentará as suas propostas de mudanças de rumo no atual modelo econômico, reafirmando o seu compromisso com o desenvolvimento social, a ética, e a defesa das instituições democráticas e sua visão republicana –questões hoje ameaçadas pelo governo Lula, pelo PT e seus aliados”, diz o documento.
No nota, Freire justifica que o PPS não irá integrar oficialmente a chapa do candidato porque não quer ficar amarrado para fazer alianças nos Estados. Pela regra da verticalização, se apoiasse Alckmin, o PPS ficaria obrigado a fazer coligações apenas com o PSDB e o PFL.
“O casuísmo da legislação eleitoral, em especial na imposição autoritária da verticalização e da cláusula de barreira, infelizmente impede a coligação formal”, afirma. A convenção do PPS ocorreu no Rio de Janeiro, informou a assessoria.