Após operar em leve baixa durante boa parte do dia, o dólar encerrou a segunda-feira com valorização, acompanhando a piora no humor do cenário externo.
O dólar terminou o dia com leve alta de 0,31 por cento, vendido a 2,252 reais. Na mínima, a moeda chegou a declinar 0,62 por cento, a 2,231 reais.
“A bolsa lá fora deu uma piorada agora no final (do pregão no câmbio). De manhã estava bem tranquilo lá fora e no final começou a dar uma piorada e acompanhou aqui também”, comentou Flávio Ogoshi, operador de derivativos do Rabobank, acrescentando que o volume de negócios foi fraco.
As bolsas de valores norte-americanas acentuavam as perdas nesta tarde por conta de temores renovados sobre a inflação nos Estados Unidos e juros mais elevados, depois de comentários de membros do Federal Reserve.
Os títulos da dívida externa brasileira também registravam desempenho negativo nesta tarde, enquanto o risco-país subia 2 pontos, a 258 pontos-básicos sobre os Treasuries.
O presidente do Fed de Atlanta, Jack Guynn, destacou que o núcleo da inflação atingiu ou superou o limite da faixa de variação considerada aceitável.
Em relatório, a corretora de câmbio NGO enfatizou que os membros do Fed vêm substituindo o chairman do BC norte-americano, Ben Bernanke, na “emissão de opiniões negativas”.
Na semana passada, Bernanke chegou a amenizar as preocupações do mercado ao diminuir o tom da crítica sobre a inflação. Mas comentários de outros membros trouxeram o temor de volta à tona.
“Enquanto não chega o final do mês, quando haverá a reunião do Fed que decidirá sobre a elevação da taxa básica do juro americano de 5 por cento para 5,25 por cento ou não, deve prevalecer a volatilidade”, completou a corretora.
O Fed se reúne nos dias 28 e 29 de junho.