O secretário de Administração do Governo de Mato Grosso, Geraldo de Vitto Jr, foi eleito o presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Administração (Consad). A confirmação da nova presidência da instituição foi dada nesta sexta-feira (10), durante uma reunião dos secretários de Administração de 23 Estados que participam do seminário Avanços e Perspectivas da Gestão Pública, realizado em São Paulo.
O paulista Geraldo de Vitto é o titular da pasta Administração de Mato Grosso desde dezembro de 2003. Até então, ele estava no Governo como secretário adjunto. Na gestão, desde o início do governo Blairo Maggi, De Vitto participou efetivamente da implantação de inúmeros projetos relevantes para a gestão estadual, como a priorização dos pregões nas aquisições públicas, a execução das ações de valorização do servidor e da criação da Escola de Governo.
Nesta entrevista, Geraldo de Vitto fala da representatividade de Mato Grosso no Conselho dos Secretários das perspectivas para o anuênio da sua gestão 2006/2007.
Qual a posição que o Conselho Nacional dos Secretários de Administração ocupa atualmente no cenário nacional?
De Vitto: O Conselho é um das mais importantes, se não a única, instituição disseminadora de políticas de gestão no Brasil. Ele se constitui não apenas de uma troca de idéias e experiências, mas num emanador de políticas para os Estados. E o conselho se consolida para ir além da discussão sobre gestão e passar a interferir em situações que os secretários de Administração não conseguiriam isoladamente.
Um exemplo da representatividade da atuação do Consad foi a efetiva participação nas discussões e alterações no texto da Reforma na Previdência é a recente proposta de revisão da lei da Licitações, entregue em mãos ao ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo da Silva, em janeiro deste ano. O ministro inclusive se manifestou favorável às mudanças apresentadas.
Como será a atuação do Consad em 2006?
Este ano é diferenciado por ser um período de eleição, mas o Conselho já tem uma estratégia traçada para consolidar as políticas de gestão nos Estados para que sejam reconhecidas e sirvam de exemplo para o Governo Federal também.
Todas as discussões desses três dias de evento em São Paulo foram muito produtivas e delas será publicado um extenso documento que será apresentado aos candidatos à presidência da República. É o momento do Governo Federal encarar a gestão da mesma forma que os Estados, porque até o momento a interlocução entre as duas esferas de governo não é satisfatória. Tanto que uma das propostas do Consad é a criação, por parte da União, do Ministério da Gestão.
Foi-se o tempo em que as políticas de gestão eram ditadas pela União. O movimento e as estratégias agora vêm da base. Os Estados aprenderam a lição para serem disseminadores da gestão, do gasto público.
E como a sociedade pode perceber o resultado da atuação do Consad?
A sociedade está cansada e não agüenta mais ser tributada. É nesse contexto que a uma gestão competente dos recursos humanos e financeiros torna-se fundamental, e é nisso que o Consad trabalha, sempre pautado na consciência e gestão fiscal. Em Mato Grosso, especificamente, esse compartilhamento das soluções em gestão pública é levado também para as prefeituras municipais. Na concepção do próprio governador Blairo Maggi o desenvolvimento dos municípios não se dá apenas com o investimento de recursos, uma gestão eficaz faz a diferença.
É com este propósito que a partir da próxima semana técnicos da Secretaria de Administração visitarão, desta vez, três municípios da região sul para realizar seminários para os servidores municipais sobre as práticas de gestão empregadas pelo governo em várias áreas.
O que representa para a gestão de Mato Grosso essa participação na presidência?
A participação é recebida com honra e demonstra que o Conselho é uma entidade nacional, que observa os resultados práticos da gestão em todos os Estados, e que em Mato Grosso estamos no caminho correto.