A Comissão Parlamentar de Inquérito da Biopirataria da Câmara dos Deputados ainda não marcou a data dos depoimentos do prefeito de Sinop, Nilson Leitão e do presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso – FIEMT-, Nereu Pasini. O pedido para que ambos fossem convidados a prestar informações foi aprovado no dia 22 passado. O requerimento foi apresentado pela deputada Thelma de Oliveira e as datas ainda não foram definidas.
Leitão e Pasini vão apresentar aos deputados informações das conseqüências da Operação Curupira (que resultou na prisão de servidores do Ibama, madeireiros e despachantes acusados de fraudes na extração de madeira) na economia de Sinop, de municípios do Nortão e na área social. Por mais de 30 dias que o Ibama deixou de expedir para as indústrias madeireiras ATPFs para o transporte de madeira. Algumas empresas demitiram funcionários, muitas deixaram de cumprir contratos e outras suspenderam a produção.
O prefeito e o presidente da Fiemt pretendem expor aos deputados que compõem a CPI que a grande maioria dos madeireiros estabelecidos em Mato Grosso faz extração de madeira com projetos de manejo, sem destruir a floresta. O setor é responsável por mais de 9.500 empregos diretos.
“Aceitamos o convite para prestar estas e outras informações e deixar bem claro aos deputados que o setor madeireiro é fundamental para a nossa região”, disse o prefeito Nilson Leitão.
Além do Ministério Público e Justiça Federal estarem investigando crimes ambientais, a CPI -presidida pelo deputado e ex-ministro do Meio Ambiente Sarney Filho- também tem feito apurações paralelas. O ex-superintendente do Ibama Hugo Werle chegou a prestar depoimento sobre as acusações de fraudes para extração de madeira.