Os 18 vereadores que compõem a base governista do prefeito Mauro Mendes (PSB) se reuniram, durante toda a noite de ontem, em que foi apresentado o balanço das ações do Executivo no primeiro semestre e as ações que serão realizadas neste segundo semestre. Líder do governo na câmara, vereador Leonardo Oliveira (PTB), ressaltou que a bancada fechou consenso para fortalecimento do apoio ao prefeito e destacou que nova rodada de conversação será realizada hoje e amanhã sobre os vetos de Mendes aos projetos do transporte público. O líder acrescenta que dados novos foram trazidos pela prefeitura, como a lei que determina estudo técnico para quaisquer alterações no âmbito do transporte.
Conforme o líder do governo, o prefeito garantiu que haverá maior contato com todos os vereadores da câmara. “O prefeito quer toda a câmara e definimos que os 18 vereadores da base permanecerão unidos. Mas, o prefeito convidou na última semana, todos os vereadores para um jantar, sendo que compareceram vereadores da oposição como Maurélio Ribeiro (PSDB) e Allan Kardec (PT)”, disse.
No entanto, sobre o fato mais polêmico que deve ser avaliado pelos vereadores em plenário, continua sendo os projetos do transporte público, que a câmara aprovou por unanimidade e que o prefeito vetou quatro dos cinco projetos, sancionando apenas o que aumenta o horário de integração para 2h30.
Muitos vereadores, inclusive da base, se posicionaram contra os vetos do prefeito. Vereador Dilemário Alencar (PTB), já havia dito que seria incoerência dos vereadores acompanharem o veto do prefeito, tendo em vista que os projetos foram aprovados por unanimidade. Dilemário é autor de dois projetos, como o que previa a volta dos cobradores.
Leonardo Oliveira ressalta que o secretário de Governo, Fábio Garcia deve se reunir novamente com os vereadores ainda hoje e amanhã também, para debater a questão destes projetos, sendo que o vereador ressaltou que a Prefeitura apresentou dados novos sobre a aprovação dos projetos.
A Prefeitura de Cuiabá alega que os projetos iriam onerar a tarifa, já que além da volta dos cobradores, também pediam ampliação do passe livre. Outro motivo alegado foi a questão da segurança sobre o veto no projeto que prevê pagamento em dinheiro, já que segundo dados da Prefeitura, ocorreram apenas 80 assaltos neste primeiro semestre, frente a 580 à época do pagamento com dinheiro.
Entre os dados novos apresentados pela Prefeitura de Cuiabá, Leonardo Oliveira aponta lei do então vereador Carlos Brito (PSD), que determina estudo técnico para quaisquer alterações no âmbito do transporte público, o que não aconteceu, conforme o líder. “Não teve estudo técnico para amparar a aprovação dos projetos de lei, o que não é permitido conforme legislação da própria Câmara. Então, ficou prematuro a questão da votação”, disse.
Além disto, o prefeito garantiu que deve começar a recepcionar mais os vereadores para melhorar a relação entre Executivo e Legislativo. Leonardo Oliveira também aponta projetos encaminhados pela Prefeitura com regime de urgência, para criação de Fundo de Habitação para receber recursos federais e outro que exonera impostos municipais no programa Minha Casa, Minha Vida.