O vereador Gilberto Figueiredo (PSB) utilizou a tribuna, durante sessão ordinária de hoje, para cobrar o cumprimento dos requerimentos solicitados ao presidente da câmara, Justino Malheiros (PV) apontando que boa parte dos pedidos aprovados não foram sequer atendidos pela presidência. Ele considera que a situação de inércia parece estar ligada às questões pessoais dos parlamentares, visto que Gilberto se declarou contrário à mudança regimental que possibilitaria a reeleição da mesa diretora da câmara – inclusive a de Justino.
“Acredito que duas questões atrapalham a harmonia desta casa: a CPI e os processos pré-eleitorais da Câmara. Eu não gostaria que isso contaminasse a atuação dos vereadores e tenho sentido que os meus direitos, como parlamentar, estão sendo tolhidos”, declarou.
Gilberto destacou a dificuldade para se conseguir os documentos solicitados via requerimento em sessão plenária. “Eu solicitei informações a respeito de um processo de sindicância que aconteceu nesta casa e, para a minha surpresa, recebo a negação ao acesso dessas informações – que o presidente, inclusive, encaminhou por meio de ofício para o Ministério Público. Me parece uma negativa pessoal”, enfatizou.
O vereador também reforçou que até mesmo as gravações de vídeo, realizadas durante as sessões ordinárias da câmara, estão demorando para serem enviadas ao gabinete. De acordo com Gilberto, ainda não foi entregue a cópia da sessão do dia 15 de maio – mesmo passados quase 10 dias da referente ocasião. “A quem interessa esse tipo de comportamento?”, indagou Gilberto.
Ele oficializou, este mês, mandado de segurança em defesa do direito de pedido de vista – a ele negado em duas diferentes ocasiões. Durante as sessões dos dias 10 e 15, o vereador teve os seus pedidos de vista indeferidos pelo presidente Justino Malheiros. O mandado de segurança visa justamente a defesa do direito parlamentar de obter vista, informa a assessoria. “A minha manifestação é de caráter pedagógico, para que tal falha não aconteça novamente e para que não tenhamos os nossos direitos cerceados”, declarou.