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Cuiabá: pedido de liberdade de ex-assessor de Roseli será apreciada por Perri

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Ex-ordenador de despesas na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), Rodrigo de Marchi, é o único dos quatro presos que ainda aguarda o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) apreciar a liminar em habeas corpus na tentativa de revogar a prisão preventiva. O recurso dele foi redistribuído, hoje, ao desembargador Orlando de Almeida Perri.

Antes, estava sob responsabilidade do desembargador Rondon Bassil Dower Filho que já negou outros três pedidos semelhantes que tentavam colocar em liberdade a ex-primeira-dama Roseli Barbosa, o ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Cézar Corrêa Araújo e o empresário Nilson da Costa e Faria, apontado como intermediário no esquema de desvio de dinheiro na Setas quando Roseli comandou a Pasta durante 3 anos e 11 meses.

O Tribunal de Justiça informou que Rondon Bassil está de compensatória até a próxima sexta-feira (28). Assim os processos são redistribuídos e caberá a Orlando Perri apreciar o pedido de liminar de Rodrigo de Marchi. No entanto, o mérito do HC será analisado por Bassil.

Os quatro foram presos pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) na última quinta-feira (20) na Operação Ouro de Tolo em cumprimento a mandados de prisão preventiva decretados pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

Foi uma continuidade da Operação Arqueiro deflagrada em abril de 2014 para desmantelar um esquema de fraudes envolvendo institutos de fachadas que assinavam contratos com a Setas para oferecer cursos de “qualificação” a pessoas que estavam de olho em oportunidades de trabalho durante a Copa 2014.

Ao negar liminar nos habeas corpus de Roseli, Silvio e Nilson, o desembargador Rondon Bassil destaca que estão presentes os requisitos para manutenção das prisões. A delação premiada de um dos 36 réus na ação penal, o empresário Paulo Cézar Lemes, dono da Microlins e outros 2 institutos de fachada criados para assinar contratos milionários com Setas, foi essencial para a decretação e manutenção das prisões. Ele apontou os 4 como chefes do esquema e disse que Roseli ficava com 40% dos valores desviados. 

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