A justiça ainda definiu a data do júri popular de Anastácio Marafon, 53 anos, acusado pelo Ministério Público Estadual de ter matado o ex-secretário estadual de Infraestrutura, Vilceu Marchetti, 60 anos, a tiros, em 7 de julho do ano passado. Anastácio era caseiro da fazenda onde o crime aconteceu, a cerca de 40 quilômetros do distrito de Mimoso, e durante a leitura da sentença de pronúncia, segundo os autos, manifestou interesse em recorrer ao Tribunal de Justiça. Com isso, a data ainda pode demorar a ser definida. Não há previsão.
Ele foi preso no dia 8 de julho do mesmo ano e confessou o crime. A Polícia Civil informou, no mesmo dia, que todas as evidências provam que o crime ocorreu porque ficou furioso depois que Marchetti “passou a mão nas nádegas” de sua esposa. Disse que jogou a arma no rio. Houve procura, inclusive com o auxílio de bombeiros, mas nada foi encontrado.
A Polícia Civil descartou a hipótese de que o assassinato do ex-secretário tenha sido “queima de arquivo” – Marchetti foi condenado por atos de improbidade administrativa no processo conhecido como “Escândalo dos Maquinários”, por superfaturamento de R$ 44 milhões na compra de maquinários durante o governo do atual senador Blairo Maggi (PR).
A justiça recebeu a denúncia do Ministério Público, ainda em setembro do ano passado. A pronúncia ocorreu em fevereiro deste ano.