O prefeito Chico Galindo (PTB) deverá recuar da proposta de exonerar imediatamente os secretários municipais de Cuiabá que pretendem disputar algum cargo na eleição de 7 de outubro. Ao invés dessa semana, como havia anunciado anteriormente, deve permitir que eles fiquem nos cargos até fevereiro ou março.
O adiamento se deve ao fato de que Galindo vem sendo pressionado pelo próprio partido ao qual é filiado. Enquanto alguns segmentos da legenda temem a concorrência desleal de secretários que são pré-candidatos a vereador e poderiam usar os cargos para se promover, outros são contra a demissão porque possuem 14 filiados em cargos de segundo escalão e grande influência nos gastos do município, o que poderia melhorar a popularidade dos correligionários.
Galindo chegou a anunciar no fim de novembro que pediria aos pré-candidatos que pedissem demissão até 7 de janeiro, ou seja, até depois de amanhã. A medida pretenderia evitar uso indevido da máquina pública. Os sinais de que vai recuar, no entanto, já são comentados no Palácio Alencastro. Ele ainda nem chamou para reunião os secretários mais comentados como virtuais candidatos para discutir o assunto.
Mesmo não admitindo pré-candidatura, são cotados como concorrente a vereador os secretários Dilemário Alencar (Trabalho e Desenvolvimento Econômico), Luiz Poção (Cultura), João Emanuel (Habitação). O staff conta com 19 pastas. Muitos ocupantes de cargos de segundo escalão também devem entrar na disputa, como Leonardo Oliveira (PTB), sobrinho do ex-governador Dante de Oliveira (PSDB) e diretor da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).
O prefeito Chico Galindo (PTB) não retornou as ligações para comentar o assunto até a edição desta matéria, assim como o secretário municipal de Comunicação, Mauro Cid. Por lei, ocupantes de cargos como secretários e responsáveis por despesas no Executivo precisam geralmente se desincompatibilizar dos cargos 6 meses antes da eleição, ou seja, 7 de abril.