O advogado Francisco Anis Faiad (PMDB), candidato a vice-prefeito na coligação Cuiabá, Mato Grosso, Brasil, de Lúdio Cabral, classificou as acusações de compra de votos no 1º turno das eleições como baixas e hediondas e que uma ação por difamação e calúnia será impetrada na justiça comum. A denúncia, divulgada ontem, partiu da assessoria jurídica do candidato Mauro Mendes. A ação envolve uma suposta compra de votos que teria consistido na contratação de pessoas ao preço de R$ 50 para atuar como fiscais durante a votação do 1º turno. Essas pessoas teriam sido dispensadas do trabalho após votarem no petista. Faiad considerou mentirosas as acusações e apresentou contrato e boletim de urna assinados pelas adolescentes Lori Anne Macedo da Luz e Cibele Macedo da Luz, que trabalharam como fiscais em uma escola particular no domingo das eleições.
A diretora da escola onde as meninas trabalharam também compareceu à coletiva e afirmou que as "empregou" como fiscais por causa da precária condição financeiras delas. "O que nós queríamos é dar uma oportunidade de trabalho digno para elas", disse Catarina Campos, que é prima da mãe das garotas.
Ela também rebateu a acusação de que as adolescentes, que são irmãs, estavam sendo coagidas após denunciarem o caso. "Se houve coação foi por parte do pai delas, que trabalha para o adversário. Essa é uma afirmação da própria mãe", destacou.
O deputado estadual Alexandre César também saiu em defesa de Faiad. "Se alguém tem que explicar algo sobre cheques, esse alguém é o candidato socialista, Mauro Mendes, eu tem um cheque de mais de R$ 1 milhão descoberto desde a última eleição", apontou.
Em relação ao envolvimento de outros 3 rapazes, que também trabalharam como fiscais no dia 7 de outubro, Faiad revelou que os cheques recebidos foram trocados em uma empresa que os entregou à equipe de Mendes para forjar provas contra a coligação de Lúdio.
Outro lado
A assessoria de imprensa de Mauro Mendes disse que está aguardando análise do advogado da campanha e deve se posicionar sobre o fato.