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CPI teria desprezado provas ao inocentar deputada de MT

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O relator da CPI dos Sanguessugas, Amir lando (PMDB-RO) teria descartado provas que a Justiça Federal recebeu de Luiz Vedoin, chefão da Planam, que incriminariam a deputada mato-grossense Teté Bezerra (PMDB), que foi inocentada pela CPI. A revelação foi feita pela Revista Veja, que circula esta semana, com o título ‘Faltam 9 na degola’. A reportagem aponta que um “caso exemplar da minipizza ficou por conta da deputada Teté Bezerra (PMDB-MT), mulher do ex-senador sanguessuga Carlos Bezerra e camarada do relator da CPI, o senador Amir Lando, de Rondônia. As provas contra ela são fartas. Na planilha de propinas apreendida na sede da Planam, em Cuiabá, empresa-mãe da quadrilha, a deputada aparece como beneficiária de 84.000 reais, pagos por intermédio do assessor Newton Sabaraense. Segundo o depoimento do empresário Ronildo Medeiros, um dos chefes do esquema, a campanha da deputada em 2002 recebeu 200.000 reais de Luiz Antônio Vedoin, o dono da Planam e principal testemunha do esquema, entregues a seu marido, Carlos Bezerra. Vedoin, por sua vez, afirmou em depoimento que a deputada se comprometeu, durante a campanha de 2002, a apresentar emendas favoráveis às negociatas da Planam. Em troca, o sanguessuga pagou 100.000 reais a uma produtora de São Paulo, que fez programas de televisão para o PMDB em Mato Grosso. O sanguessuga até apresentou o devido comprovante do depósito”.

A revista, depois de analisar a documentação, questiona por que a deputada mato-grossense, que não é candidata à reeleição, não foi incluída na lista dos 72 parlamentares que enfrentarão processo de cassação, no Conselho de Ética (dentre eles os mato-grossenses Lino Rossi -PP-, Pedro Henry -PP-, Ricarte de Freitas Junior -PTB-, Welington Fagundes -PL- Celcita Pinheiro -PFL- e a senadora Serys Marli -PT)

Veja aponta ainda que, “na reunião sigilosa da CPI, na qual se debateu a lista dos cassáveis, Lando se posicionou contra a inclusão de Teté Bezerra. “Sinceramente, não vejo provas contra a Teté”, argumentou Lando, segundo o relato de um dos presentes. “Para mim, existem provas, sim”, respondeu o deputado Fernando Gabeira, do PV do Rio, um dos sub-relatores da comissão. Houve um começo de discussão entre os dois, e a cúpula da CPI resolveu votar a questão. Gabeira, ao lado do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), perdeu a disputa por 5 votos. Não é difícil entender o empenho de Lando. Carlos Bezerra, marido da deputada, é seu colega de partido e presidiu o INSS na sua gestão à frente do Ministério da Previdência.”

Na semana passada, o PMDB de Mato Grosso divulgou nota de solidariedade para com Teté, dizendo que ela foi “vítima de uma torpe e infundada acusação de envolvimento no escândalo vulgarmente denominado “Máfia das Sanguessugas e tinham como único propósito enlamear uma biografia irreparável eticamente”.

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