A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas ouve hoje à tarde, Gedimar Passos, Valdebran Padilha e Jorge Lorenzetti, acusados de envolvimento na tentativa de compra de um dossiê contra políticos tucanos. Gedimar e Valdebran foram presos em São Paulo no dia 15 de setembro com cerca de R$ 1,7 milhão, dinheiro que seria utilizado na negociação.
Ex-chefe do núcleo de informações e inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lorenzetti admitiu em depoimento à Polícia Federal ter interesse no dossiê, mas disse que se recusou a pagar pelo material.
Tanto Lorenzetti como Gedimar entraram no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido de habeas corpus para que pudessem ficar calados frente a perguntas cujas respostas pudessem incriminá-los.
Ontem (30), os dois pedidos foram negados pelo ministro Carlos Ayres Britto. Para ele, não existe a ameaça de a CPMI cometer abuso de poder ou ilegalidade que possa levá-los a ser presos.