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CPI dos Correios é praticamente irreversível

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Com 242 assinaturas de apoio na Câmara e 50 no Senado, já está praticamente irreversível a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista para apurar as denúncias de corrupção nos Correios.

A tática do governo de tentar retirar as assinaturas da CPI redundou em um fracasso, já que a oposição conseguiu colher mais de 20 assinaturas na Câmara e seis no Senado nos últimos dois dias.

Para fazer com que a CPI não fosse instalada, o governo deveria garantir, pelo menos, a retirada de 71 assinaturas de deputados e 37 de senadores. O número mínimo para a criação da CPI mista é de 171 deputados e 27 senadores.

Durante toda a segunda-feira os líderes da base aliada estiveram reunidos para avaliar as possibilidades ainda existentes de impedir a instalação da CPI ou provocar o seu esvaziamento.

No final da tarde de hoje, a bancada petista na Câmara vai se reunir para debater com seus líderes os efeitos que a CPI vai provocar para o governo e para a composição da base aliada no Congresso, que já está fragilizada.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), assegurou que caso a CPI seja realmente instalada amanhã, durante sessão conjunta do Congresso, e os partidos não fizerem as indicações de seus integrantes, ele tomará a iniciativa.

Para funcionar, uma CPI, após instalada, precisa das indicações dos partidos políticos para sua composição. Depois das indicações, a comissão elegerá sua Mesa Diretora (presidente e vice-presidentes) e será indicado um relator.

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que ontem já admitia ser difícil conseguir retirar o número necessário de assinaturas da CPI, hoje confirmou que, caso ela seja instalada, o PT vai buscar ficar com a relatoria ou a presidência da comissão.

A indicação do relator e dos presidentes segue o critério de proporcionalidade das bancadas. Como a CPI é mista, contará o tamanho das bancadas tanto da Câmara como do Senado. Neste caso, PMDB e PT têm preferência nos cargos.

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