A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas da Câmara dos Deputados quer ouvir, em breve, a mulher presa, na semana passada, após sequestrar um bebê, em Cuiabá. Segundo a Polícia Civil mato-grossense, J.S.S., 29 anos, disse que o menino de apenas um mês de idade seria morto e teria os órgãos doados a uma família do exterior.
Policiais continuam à procura do homem que teria aliciado ela. Durante a reunião de hoje, os deputados que integram a comissão aprovaram o pedido para que a acusada seja convocada a fim de prestar esclarecimentos. O pedido foi apresentado pelo próprio presidente da comissão, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA).
Integrantes da CPI também irão a Cuiabá, onde farão diligências para apurar a existência de um suposto esquema de tráfico de pessoas e órgãos na região. A data da viagem ainda vai ser definida. Para o presidente da comissão, as suspeitas surgidas a partir do depoimento da acusada são gravíssimas e precisam ser apuradas.
"[As suspeitas] envolvem uma outra modalidade de tráfico humano, que é aquela para fins de extração de órgãos humanos. Esse ilícito, pelas informações já obtidas pela CPI, tem se mostrado algo bastante rentável para as quadrilhas", disse o deputado.
Conforme Só Notícias já informou, no dia 31 de maio, J.S.S. foi presa depois de sequestrar um bebê no bairro Pedra 90. Em depoimento na delegacia, ela disse que receberia R$ 35 mil pelo bebê. Ela disse que foi procurada por um homem e que a criança seria morta e o órgãos traficados. A criança é filha de uma adolescente, 15 anos.