quarta-feira, 11/dezembro/2024
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Corregedor diz que denúncia contra senador configura quebra de decoro

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O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse que são “graves” as denúncias contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). “É quebra de decoro. Todo parlamentar tem que ter uma ética, uma disciplina moral, que não permita que ele traia a população que votou nele”, afirmou.

O corregedor do Senado disse que uma investigação deve ser realizada para “se buscar a verdade”. Segundo ele, uma das pessoas que poderá ser ouvida é o empresário Nenê Constantino. Ele informou que os documentos devem ser solicitados à Polícia Civil do Distrito Federal e ao Ministério Público Federal ainda hoje (27).

Se comprovada a quebra de decoro, Roriz pode até mesmo ser cassado por uma decisão do plenário do Senado.
Gravações telefônicas publicadas pela imprensa neste final de semana indicam que o senador teria combinado divisão de dinheiro com o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Tarcísio Franklim de Moura, suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.

No mesmo dia da conversa, houve uma operação de saque no BRB no valor de R$ 2,2 milhões em nome de Nenê Constantino de Oliveira, de acordo com as matérias divulgadas pela imprensa. Segundo Roriz, a operação financeira foi um empréstimo feito junto ao empresário Nenê Constantino (dono da Gol Linhas Aéreas) no valor de R$ 300 mil. Desse total, R$ 271.320 foram usados para o pagamento de uma bezerra adquirida da Associação de Ensino de Marília.

Na nota, o senador afirma que Nenê Constantino teria condicionado o empréstimo ao resgate do cheque emitido pela Agrícola Xingu S/A, no valor de R$ 2.231.155,60, para viabilizar a operação. Desta forma, o empresário teria recebido em espécie R$ 1.931.155. Roriz disse que o restante do empréstimo – R$ 28.680 – foi repassado “ao amigo” Benjamim Roriz, que estaria “com problemas de saúde na família”.

As irregularidades foram descobertas por meio da Operação Aquarela, deflagrada este mês pela Polícia Civil do Distrito Federal. Por conta do foro privilegiado, a possível participação de Roriz no esquema deve ser investigada pela Procuradoria-Geral da República.

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