As contas de campanha do governador Blairo Maggi devem ser aprovadas, mas com ressalvas. A Coordenadoria de Controle Interno (Cocin) desconsiderou o parecer técnico parcial que sugeriu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a reprovação da prestação de contas de Maggi.
A revisão do parecer parcial foi aprovada neste domingo pela Cocin e já havia sido admitida pela coordenadora Denize Aparecida de Souza Mello.Denize alega que Maggi apresentou justificativa coerente para as irregularidades detectadas na primeira análise das contas. De acordo com o TRE, o parecer poderá ser julgado pelo pleno do Tribunal ainda nesta semana.
Na primeira análise, segundo A Gazeta, os técnicos do TRE detectaram que a campanha do governador recebeu R$ 100 mil de doação sem especificar a origem do dinheiro, também não foi apresentado o diário de bordo do então candidato, além de serem apresentados gastos irregulares com pessoal.
Em relação à doação irregular, Denize alega que Maggi não gastou o dinheiro. O montante estaria na sobra de campanha orçada em R$ 110 mil. O único problema que não foi resolvido se trata de gastos com pessoal. A Coordenadoria de Controle Interno afirma que houve omissão de despesas com pessoal da ordem de R$ 195 mil, além de suspeitas de gastos com encargos sociais e com a folha de pagamento de funcionários.
A campanha de Maggi apresentou gastos na ordem de R$ 9,3 milhões. Foi novamente a mais alta de Mato Grosso, apesar da redução se comparada aos valores de 2002.