O vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Antonio Joaquim, criticou a postura do presidente Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo (Agecopa), Yenes Magalhães, por ter afirmado que o controle em tempo real era “um laboratório”. Ele disse que a auditoria concomitante, ou em tempo real, que é a fiscalização durante a realização de uma obra, de um procedimento administrativo ou ao longo de um exercício, é um fato consumado e irreversível. “Todos os órgãos públicos de Mato Grosso estão passando por auditoria concomitante e não apenas Agecopa”, assinalou o conselheiro.
Antonio Joaquim explicou que no caso da Agência, a diferença é que a auditoria está sendo concomitante e integral, ou seja, sobre todos os procedimentos e não apenas amostral. Por conta disso, dois auditores engenheiros da Secretaria de Controle Externo de Obras e Serviços de Engenharia do TCE estão permanentemente na Agecopa, que também recebe a visita cotidiana de auditores da 1ª Secretaria de Controle Externo, vinculada à relatoria do conselheiro, que é o relator permanente das contas anuais da Agecopa.
Segundo informações da assessoria de imprensa, a decisão de realizar auditoria integral e concomitante decorreu da importância e do volume de recursos. “Pode-se até dizer que a auditoria integral é uma novidade, mas não a concomitante. O TCE-MT deixou de fazer autópsias, análise sobre fatos do passado, e passou a fazer biópsias, sobre os atos em andamento”, contextualizou o conselheiro, sobre a auditoria em tempo real.