sábado, 5/julho/2025
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Congresso é reprovado por 36% dos eleitores, diz Datafolha

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Envolvido em dois grandes escândalos –mensalão e sanguessugas–, o Congresso termina o ano mais mal avaliado pelos eleitores do que a legislatura anterior. Segundo pesquisa Datafolha realizada na quarta-feira, antes do aumento salarial do Congresso, 36% dos entrevistados dizem que o desempenho dos parlamentares é “ruim ou péssimo”. Em 2002, 29% deram a mesma resposta.

Embora a taxa dos que reprovam esta legislatura seja mais alta do que há quatro anos, os atuais parlamentares conseguiram, nos últimos meses, uma “recuperação de prestígio”, como afirma o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.

Isso porque os deputados e senadores que assumiram em 2003 são donos da pior avaliação dos últimos 13 anos. Foi em agosto do ano passado, no auge do escândalo do mensalão, que o Congresso foi classificado como “ruim ou péssimo” por 48% dos eleitores. Depois disso, o índice registrou quedas, ficando agora em 36%. Somente 19% consideram o desempenho da Câmara e do Senado como “ótimo ou bom”, enquanto 38% avaliam como “regular”.

A reprovação poderia ser pior. A última pesquisa foi feita na quarta, um dia antes de o Congresso aumentar o próprio salário em 91%. A partir de fevereiro, deputados e senadores receberão R$ 24,5 mil.

“É possível que a avaliação esteja hoje pior do que há dois dias”, afirmou ontem Paulino. Segundo ele, como 82% da população do país tem renda familiar abaixo de cinco salários mínimos, ou R$ 1.750, “esse é o tipo de notícia que repercute muito negativamente”.

Pessimismo

Marcada pelos casos de corrupção, a atual legislatura fez aumentar a expectativa pessimista para a que assume em fevereiro do ano que vem.
No fim de 2002, 57% dos eleitores esperavam que os parlamentares eleitos na eleição daquele ano tivessem desempenho “ótimo ou bom”. Agora, a taxa caiu 14 pontos percentuais, indo para para 43%.

Ao mesmo tempo, subiu o índice dos que acreditam que os congressistas eleitos em outubro terão um desempenho “ruim ou péssimo” nos próximos quatro anos. A taxa é de 14% agora, contra 5% de quatro anos atrás. Esperam desempenho regular 32% dos eleitores.

A pesquisa foi realizada em 111 municípios do país, com 2.178 eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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