Uma comitiva de parlamentares e autoridades do comércio e indústria de Mato Grosso manteve, esta manhã, uma audiência com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, no Rio de Janeiro. O objetivo foi o de reivindicar que o banco destine recursos para a realização do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) da implantação da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, no trecho Mineirinhos (Rondonópolis) até Cuiabá.
A senadora Serys Marly e a deputada estadual Vera Araújo, ambas do PT, integram a comitiva. Serys é a autora da solicitação da audiência com o presidente do banco. Além de líderes do comércio e indústria, integram também a comitiva membros do Fórum Pró-ferrovia em Cuiabá.
O BNDES detém agora 48% das ações da Brasil Ferrovias (antiga Ferronorte) e deverá injetar cerca de 527 milhões de reais para quitar passivos da empresa. O objetivo da comitiva de Mato Grosso é reivindicar que o banco destine dois milhões de reais deste montante para a realização do EIA-Rima do trecho citado. De acordo com o presidente do Fórum Pró-Ferrovia, o vereador de Cuiabá, Vicente Vuolo (PPS), sem o licenciamento ambiental não é possível realizar a obra, mesmo que já estivessem garantidos os recursos para isso.
As obras da Ferrovia estão paradas no município de Alto Taquari, na região Sudeste do estado. O EIA-Rima daquele ponto até Mineirinhos, em Rondonópolis (cerca de 200 Km), já está pronto. Só falta licenciar o trecho restante até Cuiabá, de aproximadamente 210 Km. O transporte ferroviário tem um custo de 40 reais a menos por tonelada em relação ao transporte rodoviário (quase 50% a menos). O terminal de Alto Taquari já é responsável por receber 50% da produção do estado.
Na semana passada, Vera participou de uma coletiva na OAB sobre a ida da comitiva ao BNDES. Na ocasião, a deputada disse que a discussão da ferrovia não pode ser dissociada da reivindicação de se construir uma fábrica de fertilizantes em Mato Grosso. Ela participou da comitiva que discutiu este assunto na sede da Petrobrás, também no Rio de Janeiro. Esta fábrica representa um investimento de 700 milhões de dólares e também é reivindicada por Mato Grosso do Sul.
Foram convidados para integrar a comitiva, além de empresários de diversos setores, parlamentares de todos os níveis, o governador Blairo Maggi e os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande. Os integrantes do fórum querem a participação do Ministério Público Federal nas discussões, já que o traçado original da ferrovia passa no entorno da Reserva Indígena Tereza Cristina e na borda da planície pantaneira. Nesse sentido, também foi convidado à audiência o procurador Pedro Taques.
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Comitiva mato-grossense cobra continuidade das obras da Ferronorte
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