O Colegiado de Líderes da Assembleia Legislativa decidiu que o deputado Emanuel Pinheiro (PR) permanecerá como membro titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal. A decisão foi anunciada pelo presidente da Casa, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), ao afirmar que a citação do nome do parlamentar na operação Sodoma não é prova suficiente para afastá-lo da comissão.
De acordo com Maluf, durante a reunião do Colégio de Lideres, Emanuel Pinheiro colocou sua vaga à disposição e, disse ainda, que caso fosse aberta uma eventual investigação tanto pela Comissão de Ética, quanto pela Mesa Diretora ou até mesmo pela CPI, ele não se recusaria a responder. Ainda durante a reunião, Pinheiro respondeu uma série de questionamentos dos parlamentares que inquiriram sobre a suposta reunião mencionada entre o deputado e o empresário delator da operação, João Batista Rosa.
“O deputado Emanuel Pinheiro se colocou à disposição para que seu caso fosse investigado e eu levei o fato ao colegiado de lideres, mas o colegiado não achou substância concreta para abrir uma investigação. E o colegiado avalizou a permanência do deputado na CPI por entender que uma citação apenas no telefone não é o suficiente para abrir um inquérito na Comissão de Ética”, disse Maluf, ao avaliar a posição do deputado Emanuel Pinheiro como ética.
O presidente da CPI, deputado José Carlos do Pátio (SD), explicou que a decisão do colegiado vai prevalecer na comissão, pois, neste caso, apenas o bloco do governo, liderada pelo deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), e o próprio colegiado tem a prerrogativa de alterar algum membro da CPI. Independente das alterações, os trabalhos terão continuidade normalmente.
“O colegiado de lideres é maioria neste caso e nós temos que respeitar o colegiado. A gente tem que respeitar a representativa, aqui sou 1/24 avos dos deputados dessa Casa e por isso eu tenho que respeitar a posição do bloco do governo. Eu vou continuar fazendo as investigações, pois é um caminho sem volta”.