As cidades do agronegócio em Mato Grosso são as que possuem os candidatos mais ricos na disputa majoritária nas eleições municipais este ano. O concorrente com o maior patrimônio declarado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT) é o prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PSB), candidato à reeleição, que declarou possuir patrimônio estimado em R$ 359 milhões. Em 2012, o candidato disse possuir bens totalizando R$ 321 milhões. Comparando dados, o pessebista teve um aumento de 12% no patrimônio.
Foram observados os candidatos dos munícipios de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Cáceres, Lucas do Rio Verde, Alta Floresta, Barra do Garças, Primavera do Leste, Tangará da Serra, Juína, Chapada dos Guimarães e Sorriso. Dos concorrentes observados, a candidata a prefeita em Sinop, Rosana Martinelli (PR), foi a que teve o maior aumento em bens. A atual vice-prefeita da cidade declarou R$ 370 mil em 2012 e teve um aumento de 315% nos bens. Hoje ela goza de um patrimônio de R$ 1,500 milhão.
Outros candidatos de cidades ligadas ao agronegócio também declaram fortunas em municípios que são conhecidos pela alta taxa de exportação. Também de Sinop, Dalton Martin (PP), que declarou R$ 9,5 milhões na eleição anterior, conseguiu aumentar em 147% seu patrimônio e hoje tem R$ 23,6 milhões. Em Sorriso, o candidato Dilceu Rossato (PSB) declarou R$ 91 milhões em 2016. Já na candidatura passada, no ano de 2012, foi registrado o valor de R$ 52 milhões, o que demonstra um aumento de 73%.
Terceiro maior colégio eleitoral de Mato Grosso, Rondonópolis também tem valores altos de patrimônios declarados. O atual prefeito, que concorre à reeleição, Percival Muniz (PPS) declarou R$ 4,3 milhões em 2012. Teve um incremento de 27% nos bens e declarou este ano R$ 5,6 milhões. Já o atual vice-prefeito Rogério Salles (PSDB), que também disputa na majoritária, teve uma queda de 39% em relação ao declarado no último pleito, no qual contabilizava R$ 8,6 milhões em bens. Nesta campanha o tucano declarou apenas R$ 5,2 milhões. Rubens Cantuário (PSOL) ainda não teve os bens divulgados e o deputado José Carlos do Pátio (SD) declarou R$ 229 mil.
DEMAIS REGIÕES – Fora dos centros do agronegócio, dois candidatos que concorrem à reeleição também declararam uma fortuna representativa. Em Cáceres, o prefeito e empresário Francis Maris (PSDB), declarou nas eleições de 2012, o valor de R$ 46 milhões. Em quatro anos, o patrimônio dele teve um aumento de 30% e hoje possui o valor de R$ 60 milhões. Já a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), teve um incremento de 43,4%. Na última campanha a democrata declarou o valor de R$ 30,4 milhões e hoje tem declarado R$ 43,6 milhões.
Os outros candidatos que buscam a majoritária neste pleito têm patrimônios que vão de R$ 33 milhões como do empresário em Lucas do Rio Verde, Luiz Binotti (PSD) a valores menores como do candidato Gilberto Mello (PR), de Chapada dos Guimarães, que declarou R$ 40 mil reais. Também do município, o candidato Sidnei Varanis (REDE) declarou R$535 mil. Por problemas no site do TRE-MT, os bens de Didi da Pousada (PTN) e Thelma de Oliveira (PSDB) ainda não foram divulgados. O empresário e candidato em Sinop, Roberto Dorner (PSD) declarou R$ 24,7 milhões.
Na Capital, dos seis com candidaturas lançadas no site do TREMT, o ex-juiz-federal Julier Sebastião (PDT), foi quem declarou o maior valor em bens, com um total de R$1.637.215,50, seguido dos deputados estaduais, Emanuel Pinheiro (PMDB) com R$ 1.357 milhão e Wilson Santos (PSDB) com R$ 916 mil. Na sequência de valores estão a ex-senadora Serys Slhessarenko (PRB) R$290 mil, Procurador Mauro (PSOL), R$221 mil e o professor Renato Santtana (Rede) com R$137 mil
Em Barra do Garças, o candidato que declarou maior patrimônio foi o atual prefeito Roberto Farias (PMDB) com R$1,3 milhão, porém o peemedebista teve uma queda de 63% em seus bens desde a última eleição, quando declarou R$ 3,4 milhões. Na sequência de valores expressivos no município aparecem o Prof. Kiko (PT), com R$764.114,55 e Sandro Saggin (DEM) com o patrimônio declarado de R$641.148,87.
Depois do atual prefeito de Cáceres, o candidato Dr. Felix (SD), declarou o patrimônio de R$ 1,7 milhão, seguido do Professor Adriano (PSB), que possui bens que somam R$ 1,2 milhão. Em Primavera do Leste o candidato com maior patrimônio é o agricultor Getúlio Viana (PSB), que acumula R$ 12,7 milhões em bens. Seu único concorrente, Dr. Paulo (PMDB) declarou R$ 363 mil.
Em Sorriso, depois de Rossato, o segundo mais rico dos candidatos é Ari Lafin (PSDB), que declarou R$ 81 mil. Já Jr. Pé no Chão (SD) ainda não teve o total de bens divulgados pelo site do TRE-MT
Em Juína, o único candidato que teve os bens publicados foi o Dr. Emílio Populo (PSC), com R$ 183 mil. O Tribunal deve divulgar nos próximos dias os valores dos concorrentes Altir Peruzzo (PT) e Prof. Cezar Rasec (PSOL). No município de Tangará da Serra, o maior valor em bens divulgado é o do produtor rural, Reck Junior (PSD), que declarou R$ 11,6 milhões, seguido de Vander Masson (PSDB), com R$4,9 milhões, Fábio Martins Junqueira (PMDB) com R$999 mil e Silvio Sommavilla (PDT), que declarou R$200 mil.
Em Várzea Grande, depois de Lucimar Campos, o maior patrimônio é do empresário Milton Dantas, o Miltão (PSOL) com R$1,4 milhão. Logo depois aparece o deputado estadual Pery Taborelli (PSC) com R$ 364 mil. O candidato pelo PSDB, William Cardoso declarou R$638 mil, porém desistiu de concorrer ao cargo.
As informações referentes aos candidatos à majoritária e proporcional dos municípios estão disponíveis no site do TRE/MT. Apesar dos altos valores declarados, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estipula o limite de gastos em cada município.
Em Cuiabá, os candidatos poderão gastar no máximo R$ 9 milhões no primeiro turno. Em Várzea Grande, segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso, os gastos para a campanha de prefeito estão orçados em R$ 2,492 milhões. Em Rondonópolis, R$ 2,567 milhões; Sinop, R$ 1,073 milhão e Tangará da Serra, R$ 279.015,72. Em Sorriso a campanha de prefeito está orçada em R$ 730.234,11. Barra do Garças R$ 1,312 milhão; Primavera do Leste, R$ 1,929.318,82; Lucas do Rio Verde, R$ 2,358 milhões e Alta Floresta, R$ 653.076,33 mil.