terça-feira, 21/maio/2024
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Carlos Bezerra é investigado no STF por acusação de suposta propina em desapropriação

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O deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) é alvo de uma petição sigilosa no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta do suposto envolvimento na desapropriação fraudulenta do bairro Jardim Renascer, em Cuiabá, ocorrida em 2014, último ano da gestão do ex-governador Silval Barbosa. A informação consta nos documentos relativos à delação premiada do ex-chefe da Casa Civil Pedro Nadaf, que apontou desvio milionário no pagamento de indenização para uma empresa no setor imobiliário, ex-dona do imóvel, que teria recebido R$ 33,2 milhões.

A abertura da petição foi autorizada pelo ministro Luiz Fux, no final de maio, atendendo à pedido do então procurador-geral da República Rodrigo Janot. No mesmo procedimento, também são investigados os conselheiros afastados do Tribunal de Contas do Estado Antônio Joaquim, José Carlos Novelli, Sérgio Ricardo, Valter Albano e Waldir Teis que figuram como partes porque também foram delatados por Pedro Nadaf, como destinatários de R$ 50 milhões em propina exigida de Silval e que supostamente teriam sido pagas por meio de diversas fraudes, incluindo a desapropriação do Jardim Renascer. Eles negam as acusações.

Conforme o delator, Carlos Bezerra sempre era visto na companhia do então procurador-geral do Estado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, na Casa Civil, tratando sobre a desapropriação Em relação a isso, Nadaf contou que Chico Lima vivia reclamando para ele da constante pressão que Bezerra fazia para que a desapropriação fosse concretizada, uma vez que ele tinha contato direto com o proprietário da área e seria o intermediador da negociação.

No mesmo assunto da desapropriação do Renascer, Bezerra também foi delatado por Silval Barbosa de supostamente tr ficado com R$ 1 milhão em propina por ter feito a intermediação entre o governo e a imobiliária que detinha a área do bairro

Outro lado
Procurado, Carlos Bezerra disse apenas que estava no plenário na Câmara Federal e que não estava escutando a ligação. Em contato com sua assessoria de imprensa, foi informado que o parlamentar ainda não foi intimado da petição no STF. Em agosto, por meio de assessoria, o parlamentar havia explicado que realmente fez a intermediação entre o proprietário do imóvel desapropriado e o governo à época, mas negou que tenha recebido propina em troca disso.

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