quarta-feira, 1/maio/2024
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Candidatos ao governo de MT apresentam propostas para a segurança

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Os altos índices de criminalidade no Estado, com ênfase na região metropolitana de Cuiabá e Várzea Grande, aguçam ainda mais a expectativa da população para que seus representantes assegurem respostas urgentes. É nesse viés que os candidatos ao governo, Lúdio Cabral (PT), José Riva (PSD) e Pedro Taques (PDT), disputam a preferência do eleitor nas eleições 2014, através da exposição de propostas contidas em seus respectivos programas para a gestão pública de Mato Grosso.

Em entrevista para A Gazeta, os postulantes avaliam esse cenário, prometendo a ampliação de investimentos, além de mudanças emblemáticas para combater a “insegurança pública”. Entre os pontos discorridos para avançar sobre o setor, Riva destaca ações preventivas, Taques a necessidade de interligação de áreas e Lúdio, a integração da polícia aos municípios.

Um sistema de monitoramento, aliado aos dados da segurança pública, poderá se sobrepor, para o candidato do PT, ao quadro de instabilidade de resultados no setor. “Vamos buscar a integração das polícias, e precisa de uma integração física nos municípios e nas regiões. Adoção de um sistema de diagnóstico permanente dos indicadores de violência para a partir do conhecimento inteligente da realidade projetar as ações tanto de combate como de prevenção, da gerência do Estado, trabalhar com tecnologia, com centrais de monitoramento da segurança, com câmeras nos locais de ocorrência maior de eventos. Organizar um observatório dos indicadores de segurança pública, avaliando o impacto das ações”, disse.

Mudança de gestão – O líder de majoritária do PSD critica o modelo de gestão direcionado à segurança pública no Estado. “Primeiro o Estado comete um erro gravíssimo quando ele coloca mil ou dois mil efetivos de uma só vez na segurança. Isso tem que ser um crescimento progressivo. Esses policiais quando aposentam, como está acontecendo agora, deixam um imenso buraco. Nós temos deficiências no efetivo, falta gestão nessa área. Eu quero investir pesado na segurança, mas também fazer um trabalho
preventivo. O Estado tem que fazer uma conta e não tem feito. O que é mais caro? Você continuar combatendo através da repressão o crime no Estado, o tráfico de drogas, investindo em casas de recuperação, que aliás o Estado faz uma política muito ruim nesse
sentido, não tem política para isso e vai passar a ter, ou investir em prevenção?”, assinalou Riva.

Investimento no setor – O postulante do PDT compara o atual panorama do setor com uma “guerra urbana”, agravada pela ineficiência de políticas públicas. “Diante dos dados e fatos expostos sobre segurança em Mato Grosso, constatamos um cenário de guerra urbana em nosso Estado, que tende a piorar com a combinação de diversos fatores relacionados à má administração da gestão atual: déficit no efetivo das polícias civil e militar; estrutura administrativa precária (prédios, instalações, mobília); falta de condições de trabalho (alimentação, materiais, sistema de informática) e equipamentos (viaturas, armamento, coletes). Assim sendo, o Estado não consegue prestar um serviço de qualidade para o cidadão, socorrer a vítima, dar assistência às famílias e demais prejudicados, prevenir e repreender o crime, ao contrário, ele potencializa. Nós vamos começar a mudar essa realidade. Vamos garantir a prestação adequada dos serviços. Condições adequadas de trabalho e segurança ao cidadão. Além disso, faremos políticas específicas voltadas aos jovens, mulheres e negros, construindo uma rede de incentivos e proteção social, que deverá resultar positivamente e contribuir com a melhora significativa na área de segurança pública”, prometeu Taques.

Polícia comunitária – Lúdio tenta emplacar uma proposta já utilizada na gestão do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR), o da “polícia comunitária”. “Vamos trabalhar com a filosofia da polícia comunitária, com a polícia nos municípios, uma polícia próxima das comunidades, convivendo no cotidiano com a população, inclusive no interior das escolas. Vamos trabalhar com palestras, com atividades educativas, protegendo as crianças e a juventude. Talvez cada uma dessas questões como o aspecto social e ainda de gestão, contribuam para esse quadro. Nós temos que atuar também na prevenção, por meio das ações da cultura, da saúde, da educação, do esporte e lazer, em parceria com os municípios e com a sociedade civil. Nós precisamos mobilizar a sociedade civil, as escolas, para o debate sobre as drogas na juventude. Precisamos ampliar a presença da polícia nas ruas, onde as pessoas vivem, para que a sensação de segurança seja maior. Uma outra tarefa que o Estado deverá apresentar, isso em parceria federal, diz respeito a segurança na faixa de fronteira do nosso país. Isso porque muitas vezes a violência urbana de Cuiabá e de Várzea Grande é decorrente do tráfico de drogas. Precisamos de uma vigilância mais reforçada nas fronteiras, com o Gefron, com a responsabilidade que o governo federal tem nessa área para nós minimizarmos o problema do tráfico de drogas no Estado”, concluiu o candidato do PT.

No programa de governo, Riva chama a atenção para o planejamento macro sobre a região de fronteira. Falhas de gestão nesse quesito, transformam Mato Grosso em corredor do tráfico de drogas, aumentando consideravelmente a violência e a criminalidade. “É preciso proteger a área de fronteira, pois o governo federal não cumpre o seu papel, ao invés de o Estado ficar indo ao governo federal. E ele fez isso rotineiramente ao longo dos últimos 20 anos, pedindo efetivo para proteger a área de fronteira. Se o Estado sofre o maior prejuízo, o Estado tem que assumir a área de fronteira. E se for necessário nós vamos assumir. Vamos assumir porque vamos reduzir a entrada da droga no Estado e consequentemente vamos diminuir a criminalidade, reduzir o tráfico de drogas. Lógico que não vai acabar, mas vamos reduzir sensivelmente. Aliado a isso, nós vamos investir no efetivo da polícia, que precisa ser ampliado, e no aparelhamento tecnológico. A polícia é mal aparelhada. A questão não é só de efetivo, a questão é também de condições de trabalho e nesse aspecto eu incorporei uma fala de um discurso muito interessante, de que antes de você fazer obras novas, vamos resgatar o que nós temos. Tem destacamento da polícia, de delegacias de polícia que estão caindo.
Nossa polícia se sente insegura para prestar um serviço de qualidade. Então o Estado precisa investir nisso com prioridade. Eu diria que vamos precisar de um secretário estilo Travassos, que combata o crime sem medo”, pontuou o postulante pessedista.

Para Taques, é importante a união dos setores com maior investimento na busca de soluções urgentes. “Em nossa visão, as iniciativas para conter a criminalidade não se resumem aos investimentos na área de segurança pública unicamente, mas sim em políticas simultâneas nas áreas de educação, cultura, esporte, lazer, saúde, mobilidade urbana, segurança alimentar, emprego e renda, entre outras. Vamos aumentar o repasse de recursos para a área de segurança. Assim teremos condições e, acima de tudo, vontade política, de fortalecer as funções institucionais das polícias civil e militar. Temos o compromisso de promover concurso público para as policias civil e militar, investir em sistema de inteligência, equipamentos,tecnologia e instalações adequadas”, frisou.

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