Cuiabá ganhou o jogo conta Campo Grande na disputa pela copa. A campanha de Campo Grande começou de forma agressiva com comparativos com a capital Cuiabá e com Mato Grosso. “Se você entrar em bola dividida com a canela mole quebra a tua, não quebra a dele. Pode ser que a nossa quebre, mas não por vontade nossa. Tem que entrar rasgando”, havia declarado o governador André Puccinelli, no dia 26 de janeiro. Um dos indicadores explorado foi o da violência, mostrando que Mato Grosso ocupava em 2007 o 2º lugar no índice de mortes violentas na Pesquisa de Registro Civil mais recente do IBGE, enquanto Mato Grosso do Sul estava na 11ª posição.
Foram explorados ainda o fato de Mato Grosso do Sul concentrar a maior área do Pantanal, cerca de 70%, e de Campo Grande ter população maior que Cuiabá. Até mesmo a briga política entre o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), e o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) foi usada como argumento. Nelsinho e André são do mesmo partido e desde o princípio mostraram união na campanha pela Copa.
Mas no meio do percurso a estratégia mudou. Nelsinho Trad reconheceu em entrevista ao Campo Grande News que os comparativos estavam desagradando o comitê organizador do evento. Desde então, Campo Grande passou a falar mais sobre ela mesma. Cuiabá nos jornais – Desde o início de março, jornais e revistas de circulação nacional antecipavam a vitória de Cuiabá sobre Campo Grande na disputa pela vaga do Pantanal.
A Placar, da Editora Abril, foi a primeira a informar que a FIFA já teria definido Cuiabá como a capital pantaneira. Naquela época, a revista dizia que a única dúvida que restava era entre Belém e Manaus.