Mesmo com a pauta obstruída, a Câmara de Sorriso realizou nesta segunda-feira (13) a 2ª sessão itinerante do ano no Distrito de Boa Esperança. O objetivo foi ouvir os anseios da população para fazer um diagnóstico das principais dificuldades enfrentadas pela localidade. Durante a tarde, o presidente Chagas Abrantes (PR) e os vereadores Leocir Faccio (PDT), Polesello (PTB) e Marisa Netto (PSB) visitaram o distrito colhendo reivindicações e se depararam com muitas reclamações e dúvidas por parte da comunidade. "Viemos ouvir a população para que na hora de votarmos o orçamento do município possamos saber das necessidades do distrito. Estivemos visitando a escola e ouvindo as reivindicações dos professores. No PSF nos deparamos com uma situação desagradável, os servidores estão trabalhando até 150 horas mensais e recebendo apenas metade. Estaremos levando a questão ao prefeito e se necessário ao Ministério do Trabalho para que essas pessoas recebam pelo seu trabalho", disse Polesello.
Para o líder da oposição, vereador Leocir Faccio (PDT), as preocupações levantadas pela população, como a questão do asfalto, os problemas de falta de remédio e sobrecarga de trabalho dos servidores serão discutidas mais a fundo. "Sentaremos para dirimir dúvidas e buscar resolver as questões pendentes". Durante a sessão, lideranças se pronunciaram a respeito das carências do local na área da saúde, educação e industrialização. "Nosso distrito é carente de indústrias. Precisamos de mão-de-obra para manter nossos jovens aqui", disse o ex-vereador Marcão.
A diretora da Escola Municipal Boa Esperança, Carmem dos Santos cobrou uma política mais aberta e mais atenção ao distrito. "Estamos indignados com a atual política. Queremos a verdade, pois precisamos confiar em nossas lideranças e não termos pessoas semeando a discórdia entre nós. Precisamos mais investimentos em nossa educação, saúde, indústria e também na agricultura familiar", cobrou.
O presidente considerou muito proveitosa e oportuna a visita ao distrito. "Foi muito boa nossa vinda aqui, como sempre. As cobranças como construção da creche, continuação da sede da 3ª Idade e a discussão sobre o asfaltamento são reivindicações legítimas e esse é o nosso papel, fiscalizar e cobrar que as demandas sejam supridas", concluiu Chagas.