A Câmara Municipal de Sorriso realizou ontem (01), no Plenário Aureliano Pereira da Silva, a primeira sessão solene do ano.
A sessão que homenageou os produtores rurais agredidos pela Polícia Rodoviária Federal durante o movimento Grito do Ipiranga foi conduzida pelo vereador Chagas Abrantes (PPS).
Estiveram presentes, autoridades políticas como o vice-prefeito Luiz Carlos Nardi e o prefeito de Ipiranga do Norte, Ilberto Effting, representantes de entidades ligadas à agricultura de Sorriso e região, produtores rurais e a comunidade em geral.
Na abertura dos trabalhos foi apresentado um vídeo mostrando toda a trajetória do protesto em Sorriso.
Em seguida, os vereadores Xuxu Dalmolin (PFL), Beto Possamai (PSDB), Adevanir Pereira da Silva (PFL), Marilda Savi (PSB) e Wanderley Paulo (PMDB) fizeram uso da palavra.
Também discursaram lideranças políticas, empresariais e agrícolas.
O produtor rural Elso Pozzobon apresentou um balanço do movimento. “Infelizmente, nossas maiores reivindicações não foram atendidas. Mas pudemos mostrar ao País a força da agricultura e a importância dela para o desenvolvimento do Brasil”, citou.
Segundo ele, os agricultores não devem ficar de braços cruzados. “Nossa luta continua. Precisamos baratear os custos com frete, combustíveis, entre outras despesas. O governo federal precisa entender isso e nós não podemos deixar a luta acabar”, enfatizou o produtor, acrescentando que a partir de agora, as reivindicações serão feitas em Brasília pelas entidades que representam a classe ruralista.
Pozzobon também elogiou a Câmara de Vereadores pela iniciativa. “Ficamos felizes por saber que podemos contar com o apoio das mais diversas classes, inclusive do Legislativo sorrisense. Estamos gratos pelo apoio que recebemos durante todo o manifesto e por esta sessão”.
O pedido para que a Casa de Leis promovesse a sessão foi apresentado pelo líder governista, vereador Chagas Abrantes (PPS), através de requerimento.
Segundo o parlamentar, além de homenagear os agricultores, a sessão soou como um desagravo aos agredidos. “A Câmara de Sorriso foi a primeira no Estado a fechar suas portas em solidariedade ao movimento. Também apoiou totalmente os agricultores. E agora que os protestos cessaram, não poderia deixar de homenagear esses trabalhadores que tanto lutam pelo direito de poder produzir com a certeza que não sofrerão prejuízos”, finalizou.