Por ordem do governo da Bolívia, grupos de elite da polícia e do Exército foram mobilizados na fronteira com o Brasil, para desalojar duas empresas madereiras de origem brasileira estabelecidas ilegalmente na região de floresta do norte boliviano.
O vice-ministro do Interior, Rafael Puente, informou que foram mobilizados “cinco grupos especiais” das forças de segurança na fronteira de (a província) Pando com o Brasil”.
Puente explicou que a operação foi tomada contra os empresários, não contra os camponeses brasileiros pobres, também presentes de forma irregular em território boliviano.
O governo de Evo Morales, que na semana passada decretou a nacionalização das reservas florestais na fronteira amazônica com o Peru (norte), planeja para breve a expulsão, combinada com autoridades do Brasil, de cidadãos desse país radicados em territórios fronteiriços da Bolívia.
“O desalojamento completo dessas populações será feita em colaboração com o governo do Brasil e com o cuidado de não deixar essas pessoas ao Deus dará. A lei será cumprida com o respeito, também, às necessidades sociais”, enfatizou Puente.
O governo de Morales se propôs a recuperar para o Estado terras ocupadas ilegalmente por nacionais e estrangeiros em zonas de fronteira.
Morales instrumenta uma política de “soberania”, com a criação e estabelecimento de postos militares nos limites do território boliviano, país que compartilha 7.000 km de fronteira com os vizinhos Brasil, Argentina, Peru, Chile e Paraguai.