O governador Blairo Maggi já tem definido os nomes que vai indicar para a diretoria colegiada da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal – Fifa 2014. São eles: Adilton Sachetti, atual secretário de Assuntos Estratégicos; Yenes Jesus Magalhães, secretário de Planejamento e Gestão; Yuri Bastos Jorge, secretário de Desenvolvimento do Turismo; Roberto França Auad, deputado estadual; Agripino Bonilha Filho, secretário Especial da Prefeitura de Cuiabá; Carlos Brito, suplente de deputado; e Edmilson José dos Santos, secretário-adjunto de Fazenda. A novidade é a saída de Geraldo de Vitto, secretário de Administração, que tinha nome certo para ficar com um dos cargos.
Outra novidade: a decisão do governador Blairo Maggi em “bancar” a indicação de Yuri Bastos Jorge. Mesmo com o veto apresentada pelos deputados estaduais, que vão apreciar nesta terça-feira, em primeira votação, o projeto de criação da Agecopa. “Ele vai ter que se explicar e fazer um grande trabalho para ter seu nome confirmado” – disse uma alta fonte do Governo. Apesar de todas as trapalhadas, Yuri é visto como “moço dedicado” e, além de disso, conta com o respaldo político de Luís Antônio Pagot, diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura (DNIT), a quem assessorou antes de assumir a secretaria.
A indicação do nome de Roberto França, por outro lado, já era esperada. Ex-prefeito de Cuiabá por dois mandatos, o governador decidiu emprestar a experiência política e a liderança do parlamentar como gestor e profundo conhecedor do desporto. França está em vias de definir seu futuro político. “Ele ainda está pensando sobre o assunto” – comentou um interlocutor. Há anos sem partido, França vem sendo assediado por várias siglas partidárias.
Ao mesmo tempo que “afina” a questão dos nomes, Maggi trabalha para evitar que o projeto de criação da agência seja contaminado por propostas de oposição e que possam prejudicar o andamento dos trabalhos. A principal preocupação do governador no momento é com a ação dos Democratas, o DEM. A bancada do partido, liderada pelo senador Jayme Campos, com quem Maggi vem há tempos travando duros embates, foi quem mais apresentou emendas sobre o projeto entregue ao Legislativo: seis ao todo.
“Até aqui está tudo sob controle” – disse a fonte palaciana ao destacar que as emendas apresentadas até o momento estão dentro do esperado. Por exemplo, a que trata da prestação de contas mensal da Agecopa para o Tribunal de Contas do Estado e também o encaminhamento de cópia do relatório para a Assembléia Legislativa. Os deputados querem ainda a indicação de nomes para a agência de um representante da Federação dos Cegos de Mato Grosso como forma de garantir a questão da acessibilidade em todos os empreendimentos relacionados à Copa e ainda da classe trabalhadora.
Outra emenda que não deverá criar problemas é a que trata da criação de um canal de comunicação para reclamações, uma espécie de ouvidor da Agecopa. Com isso, será possível garantir a participação popular nos encaminhamentos e também na apresentação de denunciadas e reclamações.
O maior problema de Maggi, contudo, não está na indicação dos chamados “sete notáveis” da diretoria colegiada da Agecopa. Em verdade, a disputa mais acirrada está nas coordenadorias, o chamado segundo escalão. São 24 cargos considerados chaves na execução dos projetos. “É uma situação complicada porque além da questão técnica existe a pressão política” – informou um alto funcionário do Governo. Ou seja: seja essa fonte, é onde tem sido canalizada todas as discussões. “Há muita gestão sobre esses cargos” – admitiu.