sexta-feira, 19/abril/2024
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Blairo aconselha deputado Pedro Henry a renunciar

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O governador Blairo Maggi sugeriu ao deputado federal Pedro Henry (PP) a renuncia do cargo antes de o processo em que é acusado de ser um dos operadores do “mensalão”, denunciado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), chegue a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados. A sugestão de Maggi ocorreu numa conversa por telefone. “Essa conversa entre mim e o Governador Blairo Maggi de fato, realmente aconteceu, e ficou restrita a mim e à ele” – disse o deputado. “Uma vez tornada pública, tenho o direito e dever de tecer algumas considerações a respeito desse diálogo” – explicou o parlamentar do PP. “Disse na ocasião ao governador Blairo Maggi, que não renunciaria em hipótese alguma, que enfrentaria todo o processo de julgamento” – acentuou o político.

Henry se disse surpreso com a revelação do teor do diálogo mantido com Maggi e esclareceu que a conversa tornada pública nesta quinta-feira não se deu por seu intermédio e nem por alguém próximo. Ele contou, porém, que o governador sugeriu a tese da renúncia, sob o argumento de que estava preocupado com a crise política instaurada no Congresso “e que não poderia abrir mão de minha participação como parlamentar no processo político mato-grossense e nacional”. Na conversa, segundo Henry, Maggi disse acreditar que a renúncia seria absorvida pela população.

“Ele me disse ainda que garantiria total apoio à uma recandidatura à Câmara Federal, que acreditava ser fácil, nem precisando sair de minha região para contar com os votos necessários e ser novamente o deputado federal mais votado do Estado, friso, com seu total apoio e de seu grupo político nas próximas eleições” – assinalou Pedro Henry, se dizendo surpreso com a posição de Maggi, ao qual atribuiu a “solidariedade ou amizade sua preocupação com a minha situação em particular”. Henry acha que a postura do governador “demonstra não reconhecer a lisura em minhas ações”. Ainda assim, acha que “a todos deve ser concedido o benefício da dúvida. Até à ele”.

“Faço política porque acredito que todos nós cidadãos somos agentes políticos e que a política, é dinâmica e não resultante de acaso, mas da ação do homem, que interfere,domina e modifica a história.Entendo a política com ética. Faço política com a verdade. Em toda a minha vida pública, pautei-me dentro do princípio da ética na política e na responsabilidade de, ocupando um mandato eletivo, promover as transformações necessárias em prol do bem comum. A atividade política é uma atividade necessária, pois é através dela que poderemos ter uma atividade transformadora, uma necessidade básica para a manutenção da dinâmica social e de seu bem estar” – ele acrescentou.

“Não faço a política do poder pelo poder, não faço a política do toma lá dá cá, nem a exerço, sem acreditar que o que estou fazendo, é por interesses maiores que são os da população que me elegeu e que depende do meu trabalho para atingir melhores condições de vida. Tenho ainda, uma imensa responsabilidade com o meu estado e com o seu processo de desenvolvimento econômico, social e ambiental. O modelo de desenvolvimento do estado significa de que forma o nosso povo vai viver” – acentuou, ao lembrar que foi com essa convicção que, quando muito poucos achavam possível a eleição de Blairo Maggi ao Governo do Estado, hipotecou apoio irrestrito a projeto de disputa eleitoral em 2002. “Saí de um partido, o PSDB, por não mais acreditar que era possível transformar o Estado como sonhávamos àquela época. O PSDB tinha todas as condições de eleger seu candidato à sucessão de Dante de Oliveira. Mesmo assim, fui um dos primeiros, volto a afirmar, a acreditar nas suas intenções, na sua integridade e na relevância de suas propostas, na possibilidade de eleição de Blairo Maggi para o governo de Mato Grosso”.

Ao descartar a renúncia, Pedro Henry enfatizou que já foi, juntamente com seus familiares e assessores, investigado por duas CPMIs, pelo Ministério Público Federal, pela Receita Federal, pela Corregedoria da Câmara “e o que pesa contra mim, é uma afirmação do ex-deputado Roberto Jefferson, cassado ontem [quarta-feira], que eu estaria cooptando parlamentares do PTB para a filiarem-se ao PP”. Pedro Henry destacou que a acusação de Jefferson foi desmentida pelo seu próprio líder do PTB, deputado José Múcio.

Henry diz que crê em sua inocência “como creio em Deus”. Ele diz ainda que confia na verdade. Com efeito, foi taxativo: “A verdade nem sempre ser o menor caminho, mas é sempre o melhor. Continuarei a seguir pelo melhor caminho, como sempre fiz”. O deputado do PP disse que não renunciará e que vai enfrentar o julgamento da Câmara dos Deputados. “Sou de encampar lutas, de encarar desafios, pois em todas as minhas lutas e desafios há sempre um ideal maior a me motivar” – acentuou.

O deputado assegurou ainda que estará presente na Comissão de Ética para apresentar sua defesa “e não refugiado atrás da renúncia para preservar meus direitos políticos”. E concluiu: “Não venderei minha honra por um mandato. Por isso, não renuncio”.

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