PUBLICIDADE

Bezerra chama produtores de “idiotas” e diz que merecem um “tapa na cara”

PUBLICIDADE
Só Notícias/Marco Stamm (foto: arquivo/assessoria)

O deputado federal reeleito, Carlos Bezerra (MDB), chamou os integrantes do agronegócio de “idiotas” e disse que precisam levar um “tapa na cara” para tomarem consciência e contribuírem para o Estado investir em questões sociais, como educação e saúde. A declaração foi dada à TV Vila Real, em Cuiabá, ao ser questionado sobre a intenção do governador Mauro Mendes (DEM) em obrigar que os produtores de commodities reservem de 35% a 40% da produção para o consumo interno, aumentando a arrecadação estadual com Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias (ICMS) em aproximadamente R$ 6 bilhões por ano.

Atualmente Mato Grosso pouco arrecada com o agronegócio, que declara exportação da maior parte da produção e se beneficia da Lei Kandir ao se isentar do pagamento do ICMS. No vizinho Mato Grosso do Sul, o governo Estadual estipulou que 35% da produção estadual não pode ser exportada e deve circular dentro da país, aumentando a arrecadação estadual.

“Mato Grosso do Sul estava sendo lesado em R$ 1,5 milhões por ano. Aqui em Mato Grosso estamos sendo lesados em R$ 6 bilhões por ano e isso viabiliza o Estado. Não é [toda a produção que vai] para a exportação, aqui tem gente grande que industrializava o produto e nunca pagou um tostão de imposto, é um absurdo, e continuam não pagando, e querem continuar não pagando. A solução para Mato Grosso é essa agora, a curto prazo. Eu falei para o governador Mauro Mendes que ele teria R$ 24 bilhões nos quatro anos de governo dele e ele está estudando a matéria, logicamente que ele deve estar sendo pressionado pelos ‘tubarões’, mas as cercanias do governo são todas favoráveis”, declarou Bezerra ao jornal do Meio Dia.

O deputado entende que a reserva interna de produção não representa a criação de um novo imposto. Na avaliação de Bezerra, a medida vai impedir a sonegação de produtos que já circulam internamente.

“Não é cobrar imposto, não é uma nova taxação, é evitar a sonegação que ocorre hoje. Você vai pagar imposto sobre 50% da produção, daí após seis meses se você comprovar que você exportou o produto, você recebe o dinheiro de volta. O dinheiro não fica com o Estado, você recebe de volta. Agora, se você não comprovou, o dinheiro é do Estado”, explicou.

Bezerra enfatiza que em Mato Grosso do Sul a reserva de produção foi feita de forma madura e sem os embates que Mauro Mendes tem com o setor do agronegócio. O deputado atribui esta “serenidade” dos sul-mato-grossenses ao desenvolvimento cultural e político dos vizinhos.

“É isso que deve ser feito aqui como Mato Grosso do Sul fez serenamente, mas aqui não querem. Aqui ficam pipocando porque não querem, são verdadeiros idiotas, só pensam no dinheiro, no dinheiro e no dinheiro, como se o dinheiro fosse tudo no mundo. Não pensam no interesse público, não pensam que têm que ajudar o Estado a resolver os seus problemas e a encaminhar soluções para questões sociais como educação e saúde. Só pensam neles mesmo, são individualistas e tem que dar um tapa na cara dessa gente, implantar e cobrar o que é de direito do Estado’, concluiu.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE