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Arcebispo de Cuiabá rechaça uso da igreja na campanha presidencial

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O arcebispo metropolitano de Cuiabá, dom Milton Santos, disse hoje que concorda com as orientações postas na nota emitida pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), no dia 8 de outubro, em Brasília. Na nota, a entidade “lamenta profundamente que o nome da CNBB – e da própria Igreja Católica – tenha sido usado indevidamente ao longo da campanha, sendo objeto de manipulação”.

O documento é uma reação ao imbróglio entre os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Roussef (PT). Serra acusa Dilma de ser favorável ao aborto. Ela nega. Esse debate, imposto pelos tucanos, está dando o tom eclesial a essa reta final de campanha, embora o Estado brasileiro seja laico. Os dois candidatos, na briga pelos votos, têm sido vistos em missas. Dom Milton disse também coadunar com a nota emitida no dia 22 de agosto pela regional Oeste 2 da CNBB, da qual Mato Grosso faz parte, que condena a venda do voto e, assim como a nota nacional, comemora a Lei da Ficha Limpa. “Se cometi algum pecado, me diga qual”, indagou Dom Milton, se referindo ao fato dele apoiar as duas notas e à pressão política que invadiu os bastidores da Igreja Católica.

A influência da Igreja se dá não só pela histórica intervenção social que mantém, mas essencialmente porque no Brasil, segundo o IBGE, 73,6% da população se diz católica. Em período eleitoral, pessoas são iguais a votos. “É toda hora gente me perguntando sobre esse assunto. A forma de perguntar também pode ser uma forma de coação”, reclama o arcebispo de Cuiabá.

A nota da CNBB, assinada pelo presidente da entidade, dom Geraldo Lyrio Rocha, além do vice e o secretário geral, respectivamente dom Luiz Soares e dom Dimas Barbosa, assegura o “direito – e, mesmo, dever – de cada Bispo, em sua dicocese, orientar seus próprios diocesanos, sobretudo em assuntos que dizem respeito à fé e a à moral cristã”.

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