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Antônio Carlos Valadares retira candidatura à presidência do Senado

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O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) anunciou hoje (29) a retirada de sua candidatura à presidência do Senado. A eleição para a nova Mesa Diretora da Casa, que ocorrerá no próximo domingo (1º), teve Valadares como primeiro nome lançado oficialmente.

Nesta semana, o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) também se lançou candidato. Por isso, Valadares optou por retirar sua candidatura. Segundo Valadares, o PMDB tem a prerrogativa de ocupar o cargo, porque tem a maior bancada do Senado.

“Em função da nova realidade política, criada com o lançamento do nome do senador Luiz Henrique, do PMDB – partido a quem cabe, pela tradição da Casa, ocupar o cargo –, considero que nossa candidatura alcançou os objetivos políticos pretendidos pelo PSB, de tirar o processo de sucessão da Mesa Diretora do Senado do imobilismo em que se encontrava, da falta de transparência e trazer esse tema para o centro do debate”, disse Valadares, em nota divulgada à imprensa.

Líder do PSB no Senado, Lídice da Mata (BA) já havia anunciado um “desconforto” entre senadores de diversos partidos com o fato do PMDB ainda não ter formalizado um nome para concorrer à presidência. Cotado para se reeleger,o atual presidente, Renan Calheiros (PDMB-AL), nunca admitiu publicamente a candidatura. Por isso, o PSB tinha decidido lançar Valadares para propor que o debate fosse iniciado.

Na terça-feira (27), Luiz Henrique anunciou que tinha apoio de diversos partidos de oposição e de parte da bancada do PMDB, mas seu nome não foi oficializado pelo partido, que se reunirá amanhã (30) à tarde para decidir sobre a indicação.

Diante do quadro e com a retirada da candidatura de Valadares, o PSB também se reunirá para avaliar o apoio a Luiz Henrique.

Na nota anunciando que não disputará a presidência do Senado, Valadares disse esperar que “o PMDB chegue a uma solução política consensual e que a agenda mínima definida pela bancada do PSB – reforma política, reforma tributária, novo pacto federativo e democratização do funcionamento do Senado – seja respeitada e atendida pelo futuro presidente, em benefício da Nação e das mudanças que fortalecem ainda mais o Congresso Nacional, a democracia e os princípios republicanos”.

Na tentativa de garantir apoio do PSB e de partidos como PDT e PSDB, Luiz Henrique já se comprometeu com essas propostas, assegurando que trabalhará por uma agenda voltada para as reformas estruturais.

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